ALÍVIO: UNIR aponta pequena queda da cesta básica em Porto Velho

A análise verifica vários gêneros alimentícios básicos, que vão além de cestas prontas vendidas em supermercados e mercados

ALÍVIO: UNIR aponta pequena queda da cesta básica em Porto Velho

Foto: Apesar de pequena queda, preços ainda estão altos nos supermercados, segundo UNIR - Divulgação

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A cesta básica teve uma pequena queda em Porto Velho. É o que aponta o resultado de mais um levantamento feito pelo Programa de Educação Tutorial (PET), do curso de Economia da Universidade Federal de Rondônia (UNIR).
 
Segundo a pesquisa, o valor da cesta básica em maio ficou em R$ 547,06. Uma queda de 5,36% na comparação com o mês de abril, quando custava R$ 578,02. Lembrando que a UNIR analisa vários gêneros alimentícios que estão fora daquelas cestas prontas vendidas em supermercados e mercados da cidade. 
 
Nos últimos 12 meses houve um aumento nos preços de 18,77%. A cesta custa 19,4% a mais do que em maio de 2021. Somente nos primeiros cinco meses do ano houve um aumento de 3,48%.
 
Detalhes
 
Dos 12 produtos pesquisados, seis apresentaram aumento de preço em maio quando comparado com abril: banana (9,1%), feijão (6,48%), açúcar (5,32%), arroz (3,04%), farinha (2,68%) e óleo (0,46%).
 
Por outro lado, outros seis tiveram queda no quinto mês do ano: tomate (- 25,81%), carne (- 2,89%), manteiga (- 2,52%), leite (- 2,37%), café (- 1,73%) e pão (- 0,1%).
 
“O preço da carne e do tomate tem grande peso no total da cesta básica utilizada como base para a pesquisa. A redução do preço da cesta básica também teve influência de itens como a manteiga, leite, café e o pão. O valor da carne vem de duas quedas seguidas neste ano, caiu tanto em abril (5,03%) como em maio (2,89%)”, detalha o professor da UNIR e coordenador da pesquisa, Jonas Cardoso. 
 
Apesar das duas quedas, o pesquisador já desanima o consumidor: a carne bovina pode voltar a subir bastante nos próximos meses.
 
“Como o momento é de transição de uma safra para entressafra, há um volume maior de gado no campo. Além disso, com o preço alto da carne bovina, os consumidores têm comprado frango, suíno ou peixe. Mas, a tendência é que os preços da carne bovina voltem a aumentar no segundo semestre do ano com o aquecimento da demanda”, comentou Jonas.
 
Preço da carne bovina caiu um pouco, mas a tendência é que volte a subir a partir de julho, aponta economista - Foto: Divulgação
 
Vilões do bolso
 
Os números se tornam ainda mais assustadores quando vemos os reajustes entre maio do ano passado com maio deste ano. 
 
O campeão disparado ainda é o pretinho preferido dos brasileiros: café (mais 86,18%). Em segundo lugar, um pequeno legume vermelho: tomate com 69,66%. E na terceira posição, o açúcar (com preço amargo): 37,44% de aumento.
 
A lista do rombo no bolso segue com óleo (34,81%), banana (28,7%), leite (26,67%), feijão (22,83%), manteiga (15,43%), pão (12,47%), farinha (8,4%) e carne (1,1%).
 
O único que teve queda em um ano de análise foi o arroz (- 12,69%).
 
“Quanto ao preço do tomate, a queda está relacionada com o avanço da colheita da segunda safra, aumentando a oferta nas prateleiras dos mercados e registro de queda no preço. Lembrando que em relação ao ano passado, o tomate está quase 70% mais caro.”, explicou o professor Jonas Cardoso da UNIR.
 
A instituição apontou que os 12 produtos da que compõem a cesta básica são pesquisados em diversos estabelecimentos comerciais da cidade de Porto Velho.
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