MUDANÇA: Ministério da Educação quer dividir Instituto Federal de RO em dois

Servidores procuraram Rondoniaovivo e disseram que têm pouco tempo para decidir por nova forma

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O Governo Federal, por meio do Ministério da Educação (MEC), quer “criar” 10 novos institutos federais, a partir da divisão dos que já existem - sem aumentar o número de vagas ou de cursos oferecidos.
 
Quem apresentou a proposta foi o ministro Milton Ribeiro, no final de agosto, aos reitores das unidades que podem ser atingidas pela mudança. Eles teriam até o dia 20 deste mês para responder com um posicionamento.
 
Servidores do Instituto Federal de Rondônia (IFRO), que também deverá sofrer com a medida, procuraram o Rondoniaovivo e explicaram como seria essa divisão no estado. 
 
“De Guajará a Jaru seria IFRO mesmo. Aí de Ji-Paraná pra lá seria o Instituto Federal do Guaporé. O reitor veio com essa divisão e faz uma consulta pública nesta quarta-feira (15) mesmo. Tivemos apenas 20 dias para decidir sobre isso. É um ato perigoso que a gente vê. O orçamento do instituto são R$ 200 milhões”, disse o professor da instituição Uilian Nogueira Doca. 
 
Mais gastos
 
Segundo o MEC, o objetivo é melhorar a gestão das unidades cujos polos ficam distantes das reitorias.
 
A “criação” de novos institutos exigiria a contratação de servidores e terceirizados, e traria gastos extras para um setor que vem sofrendo reduções orçamentárias desde 2016.
 
 
 
 
Segundo o Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif), o Ministério da Educação declarou que haverá despesas obrigatórias (aquelas que não podem ser cortadas) de R$ 8 milhões por ano para cada nova unidade. A pasta não confirmou esse valor.
 
Os professores do IFRO acharam estranho a proposta vir em um momento de suposta contenção de gastos.
 
“São mais de 10 mil alunos presenciais, 1.200 servidores tendo que decidir em tão pouco tempo. Decidir por um governo que não tem um projeto de educação. Aí saem essas benesses, que são mais R$ 8 milhões para cada reitoria, mais 160 técnicos nível superior e médio. Isso é uma proposta sem lastro. Não tem nenhum documento. Está tudo no campo da suposição”, destacou Uilian Nogueira Doca.
 
Posição
 
Em um comunicado divulgado para a imprensa, o Instituto Federal de Rondônia (IFRO) apontou que “não foi convidado para a reunião com Milton Ribeiro, mas pediu para participar do encontro, por ter um campus a mais de 760 km da reitoria. ‘De forma imediata, [a divisão do instituto] traria um aumento na capacidade de gestão’.
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