MESTRADO E DOUTORADO: MPF recomenda que universidade federal tenha regras claras nas seleções

Falta de transparência nos editais causa prejuízo à própria Universidade e a estudantes que se candidatam às vagas

MESTRADO E DOUTORADO: MPF recomenda que universidade federal tenha regras claras nas seleções

Foto: Divulgação

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A Universidade Federal de Rondônia (Unir) recebeu uma recomendação para que passe a colocar nos seus editais de seleção de mestrado e doutorado como será a interposição de recursos ao final de cada etapa do processo seletivo, esclarecendo prazos, requisitos, órgãos julgadores e forma de ciência ou notificação de quem se candidata às vagas.
 
A recomendação é do Ministério Público Federal (MPF), que também orientou que as decisões precisam ser devidamente motivadas e seguidas de ampla divulgação a estudantes concorrentes.
 
Na recomendação também há orientação para que a Unir dê ampla publicidade de todos os atos administrativos de suas seleções de mestrado e doutorado, a fim de garantir o direito de pedir esclarecimento de situações pessoais e de terem acesso a todas as informações necessárias ao exercício de seus direitos, em tempo hábil e razoável, desde a publicação do edital até o fim dos prazos para recursos contra a homologação do resultado final.
 
O procurador da República Raphael Bevilaqua expõe na recomendação que há “sensíveis prejuízos materiais e morais que são trazidos por eventuais revogações e anulações dos concursos, tanto para a Unir quanto para os candidatos”.
 
Como exemplo de prejuízos, ele cita as seleções para mestrado e doutorado em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente, nas quais não foi dada ampla publicidade nem das notas de cada etapa nem dos critérios utilizados para atingi-las, bem como não houve divulgação e acesso às documentações referentes a cada concorrente para impugnações quanto aos conceitos obtidos nas avaliações do processo.
 
Bevilaqua argumenta que anular o concurso na fase atual geraria mais prejuízos do que benefícios a quem se candidatou às vagas, mas a repetição da conduta poderá acarretar em tomada de medidas judiciais pelo MPF.
 
Nas próximas seleções, a Universidade deverá adotar as medidas recomendadas pelo MPF. A Unir tem prazo de 15 dias para informar se vai ou não acatar a recomendação e enviar documentos que comprovem o cumprimento.
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