Descobriu-se superfaturamento no valor cobrado pelo quilômetro rodado, que subiu de R$ 7,00 para R$ 13,00 com a mesma empresa e com o serviço pior
Foto: Divulgação
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Concedida na Superintendência Estadual da Polícia Federal, em Porto Velho, a coletiva de imprensa do delegado chefe da operação Carrosel, Mateus Arcas, relatou alguns pontos da investigação que culminou na prisão de dois membros do primeiro escalão da prefeitura da capital rondoniense e três empresários do ramo do transporte.
A coletiva também contou com a participação do Superintendente da Polícia Federal em Rondônia, Carlos Alberto Pellim, e com o Superintendente da Controladoria Geral da União, Miguel Mauricio Kurilo.
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A investigação
Desencadeada durante a manhã desta quarta-feira (4), nos estados de Rondônia, Amazonas e Acre, a operação tinha como caráter principal investigar suspeitas de fraudes nos contratos firmados entre a Prefeitura de Porto Velho e empresas de transporte escolar.
Confira a coletiva da PF:
Segundo o delegado Mateus Arcas, através de um levantamento realizado com o auxílio de escutas telefônicas, fotos de reuniões, áudios gravados em espaços fechados e abertos, os agentes da PF conseguiram identificar diversas fraudes nas celebrações desses contratos.
“Houve casos em que uma empresa estava impedida de participar da licitação e eles apenas mudaram de nome e de sócios. Outra situação detectada foi a de que a prefeitura pagava em torno de R$ 7,00 e R$ 8,00 por quilometro rodado e decidiu ampliar o prazo do contrato emergencial, mesmo com o ônibus em condições precárias, pagando R$ 11,00 a R$ 13,00 por quilometro, mostrando um visível atentado aos cofres públicos”, afirmou Mateus Arcas.
Foram bloqueados mais de 5.280.000,00 (Cinco Milhões Duzentos e Oitenta mil Reais) sendo que o valor desses contratos superou os R$ 13 milhões. Para o coordenador da operação, essa fase da ação é de extrema importância, pois os mandados de busca e apreensão foram cumpridos, sendo possível a localização de mais provas e indícios que apontem os culpados pela grave situação vivida por estudantes das áreas rurais de Porto Velho que não iniciaram o ano letivo.
“Através da análise de tudo que foi apreendido nessa fase da operação poderemos chegar à pontos que ainda não foram esclarecidos. Temos uma drástica missão de fazer com que esse transporte retorne aos estudantes”, afirmou Mateus Arcas.
Os presos na operação permanecerão por cinco dias em detenção provisória, que pode ser prorrogada por mais cinco dias e de acordo com o delegado Mateus Arcas. Caso sejam encontradas materialidades mais graves, uma solicitação de prisão preventiva pode ser feita pela PF.
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