O reitor da FCR, Dr. Fabio Rychecki Hecktheuer, disse que o arcebispo era um lutador pelas causas sociais, um defensor da Amazônia
Foto: Divulgação
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A Faculdade Católica de Rondônia (FCR) anunciou na tarde da última segunda-feira (17/06) o falecimento de seu chanceler Dom Moacyr Grechi, Arcebispo Emérito de Porto Velho, aos 83 anos. O chanceler estava internado há alguns dias num hospital particular da capital rondoniense em tratamento de saúde, mas não resistiu. A causa da morte ainda não foi oficializada.
De acordo com o reitor da FCR, Profº. Dr. Fabio Rychecki Hecktheuer, o arcebispo era um lutador pelas causas sociais, um defensor da Amazônia. Ele lembrou que agora vai se juntar com outro "Santo", Dom Antônio Possamai, que se foi no ano passado.
"Grandes lutadores e defensores dos pobres - fizeram história; grandes referências da teologia da libertação e para todos nós. Mas, tenho certeza que os dois estão juntos de Deus e continuarão nos orientando para que o seu legado seja continuado, a lutar para se construir uma sociedade justa e fraterna", declarou.
A sua história foi marcante como defensor da Amazônia e das Comunidade Eclesiais de Base (CEBs), além de entender a necessidade da Inteligência Católica nessa região. Era considerado pelos fiéis (Igreja Católica) como um defensor dos direitos humanos, pregador da emancipação dos mais necessitados, opositor da ganância e da prepotência, além de ter um coração bondoso e tolerante. Junto a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) dom Moacyr era considerado como um dos religiosos mais admirados do país.
UM POUCO DA TRAJETÓRIA
Na vida eclesial, em Porto Velho, fazia parte da Comissão Justiça e Paz de Rondônia. Ele buscava, a cada dia, o fortalecimento dos Centros Sociais da Arquidioceses, com o lema “O último de todos e o servo de todos”. (Marcos 9:35).
A sua história também se fez em outros estados do Norte como, por exemplo, arcebispo de Rio Branco (AC), entre 1972 e 1998. Um dos criadores do Conselho Indigenista Missionário (CIMI) e da Comissão Pastoral da Terra, entidade que presidiu por oito anos. Destacou-se pela defesa dos indígenas, dos seringueiros e dos trabalhadores rurais. Lutou pela punição dos assassinos de Chico Mendes. Fez denúncias contra Hildebrando Pascoal.
Foi membro delegado pela CNBB da 5ª Conferência Geral do Episcopado Latino-americano e Caribenho (Conferência de Aparecida), que aconteceu em maio de 2007, onde teve contato com Mário Jorge Bergóglio, então arcebispo de Buenos Aires, que futuramente seria o Papa Francisco.
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