Caixa Econômica segue em greve; demais bancos já voltaram
Foto: Divulgação
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Categoria aceitou 3ª proposta feita por bancos, de reajuste salarial de 8%
Após 31 dias fechadas, as agências bancárias voltaram a abrir nesta sexta-feira (7). Funcionários de todos os 26 Estados, mais o Distrito Federal, aprovaram na véspera a proposta apresentada pelos bancos e decidiram pelo fim da greve. Algumas agências como as de Maceió registravam longas filas de clientes nesta manhã.
A exceção são agências da Caixa. Servidores do banco rejeitaram a proposta em capitais de ao menos sete Estados do país: Amapá, Bahia, Maranhão, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e São Paulo.
Cara na porta
Na capital paulista, por exemplo, clientes desavisados perderam a viagem ao procurar uma agência da Caixa. A ajudante geral Juliana Maria dos Santos foi até a agência da Caixa na Avenida Paulista para receber o FGTS, mas deu com a porta da agência fechada.
Ela conta que foi mandada embora bem quando a greve dos bancários começou e até agora não conseguiu receber o benefício. No seguro-desemprego ela conseguiu dar entrada e a primeira parcela sai só dia 21. “Meu aluguel vence dia 10. Não sei como vou fazer para pagar”, diz. “Estou rezando todos os dias pra essa greve acabar, e quando acaba só a Caixa que decide continuar”, lamenta.
Greve nacional mais longa
A greve completou 31 dias nesta quinta-feira (6) e supera a de 2004, primeiro ano em que os bancários se uniram para negociar melhores condições para a categoria e que tinha sido a mais longa até então com duração de 30 dias, segundo a Confederação Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). A greve de 2015 durou 21 dias.
Negociações
Os bancários pediam a reposição da inflação do período mais 5% de aumento real (totalizando 14,78% de reajuste), valorização do piso salarial – no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$ 3.940,24 em junho) e PLR de três salários mais R$ 8.317,90.
Antes do início da greve, no dia 29 de agosto, os bancos propuseram reajuste de 6,5%. Novas propostas foram apresentadas nos dias 9 e 28 de setembro, de reajuste de 7%. Todas foram rejeitadas pelos bancários, que decidiram manter a greve por tempo indeterminado.
Impacto nos serviços
A greve afetou os serviços bancários em todo o país, pois algumas situações não podiam ser resolvidas em canais de autoatendimento e outros meios alternativos.
Na quarta-feira (5) 13.123 agências e 43 centros administrativos ficaram fechados segundo a Contraf, o correspondente a 55% dos locais de trabalho em todo o país. O dia em que foi registrado o maior número de agências fechadas foi 27 de setembro, quando 13.449 fecharam as portas.
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!