A atividade do porto levou a um grave acidente neste último sábado (17) onde 14 caminhões tanques carregado de piche foram dragados por um desmoronamento de terra causando prejuízo ambiental ainda não estimado pelas autoridades.
Foto: Divulgação
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Após denuncia publicada com exclusividade pelo jornal Rondoniaovivo a Licença Ambiental assinada pelo secretário da SEMA (Secretaria de Meio Ambiente), Edjales Benício, que dava a autorização para a empresa LP Moreira de Luna ME realizar as atividades portuária à margem direita do rio Madeira na região do Belizário Pena, foi revogada em decreto publicado no Diário Oficial desta quarta-feira (17).
A atividade portuaria neste local 'autorizado' por Edjales (mesmo com laudo técnico afirmando que era inviavel) levou a um grave acidente neste último sábado (13) onde 14 caminhões tanques carregado de piche foram dragados por um desmoronamento de terra causando prejuízo ambiental ainda não estimado pelas autoridades.
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Em entrevista nesta última terça-feira (16) Edjales Benício afirmou que a Licença emitida pela SEMA não era o único documento necessário para a instalação do porto e que a autorização havia sido emitida após os responsáveis pelo empreendimento terem apresentado a documentação exigida para a liberação que seria dada em conjunto por quatro secretarias.
Um engenheiro da própria SEMA havia elaborado um laudo onde negava o pedido de licença devido aos iminentes riscos de desmoronamento na área em questão, porém, mesmo com o alerta dado pelo responsável técnico da secretaria o secretário Edjales Benicio assinou a autorização.
Após a tragédia ambiental que ainda deve se potencializar nos próximos dias, a retirada da Licença coloca em duvida os motivos que teriam levado a essa “benção” ambiental emitida pela SEMA, uma vez que mesmo com uma pericia apontado as irregularidades para a licença, o secretário ambientalista esperou que um acidente de proporções ainda sem precedentes no rio Madeira acontecesse para vetar as atividades do porto.
O caso que mostra uma mistura de omissão com despreparo deve ser acompanhado de perto pelas autoridades fiscalizatórias como Ministério Público e Câmara dos Vereadores para entender como a secretaria que em tese deveria proteger o meio ambiente acabou sendo protagonista de um fato que pode trazer mais destruição á um rio que já vem passando por severas alterações nos últimos anos.
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