Uma herança deixada pela administração municipal passada em Porto Velho está deixando moradores da zona Sul temerosos e indignados, na Avenida Campos Sales, próximo ao Hospital João Paulo II, onde antes haviam faixas de pedestres não existem mais, elas foram retiradas depois que ocorreram obras realizadas pela prefeitura e até o momento não foram refeitas.
Por ser um local de intensa trafegabilidade de veículos, pois é a principal via de acesso que liga o centro à zona Sul da cidade, o espaço para a locomoção de veículos e pedestres é estreito, colocando em risco a vida de quem necessita utilizar as margens para atravessar ou mesmo se dirigir aos pontos de ônibus ou ir até a praça localizada ali ou comércio.
“Eu, muitos trabalhadores e estudantes, saímos cedo de casa, por volta das 7h, em horários de pico, e temos que atravessar a rua em meio aos carros e motos, arriscando nossas vidas, porque não há uma faixa de pedestre para que possamos transitar com segurança”, disse uma moradora da área, Gleice Quele.
Ela disse à reportagem que quase foi atropelada ontem (20) ao tentar atravessar a avenida. De acordo com ela, uma motorista de um carro parou e consequentemente os outros que vinham atrás pararam causando um congestionamento com uma fila enorme, porém um motociclista veio em alta velocidade e quase a atropelou onde antes era a faixa de pedestres.
“Sorte minha que ele conseguiu frear, mas foi bem em cima de mim. Ou seja, não há faixa, não há segurança. Ocorrem acidentes constantes nessa área. Quantas pessoas terão que se acidentar, morrer, para esse problema ser solucionado pela atual administração?”, questionou a moradora.
Na praça há uma parada de ônibus, onde muita gente aguarda o transporte coletivo e várias crianças atravessam a rua para ir para as escolas e as faixas de pedestres estão fazendo falta. “Precisamos transitar em segurança, é um direito de todo cidadão”, completou Gleice.
Outro agravante é que em frente ao maior pronto socorro do estado, o Hospital João Paulo II, foi retirada a faixa também e muitos pacientes e funcionários do hospital têm dificuldade para atravessar. “Ficam muito tempo esperando a boa vontade de um motorista parar. Isso é um absurdo!”, bradou a moradora.
Gleice informou a reportagem que já enviou denúncia a respeito da situação crítica em que se encontra o setor ao Ministério Público de Rondônia e vai tomar outras providências junto à prefeitura.