O Ministério da Justiça determinou a ampliação da atuação da Força Nacional de Segurança Pública nos nove Estados da Amazônia Legal e em Mato Grosso do Sul. Nos Estados do Acre, Amazonas, Amapá, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e Maranhão, na Amazônia Legal, os homens atuarão na "Operação Defesa da Vida". Em Mato Grosso do Sul, a permanência da Força Nacional será estendida devido a conflitos indígenas. As informações são da Agência Brasil.
As três portarias, determinando a permanência das tropas da Força Nacional nesses Estados por mais 120 dias, com possibilidade de ampliação, foram publicadas na última quinta-feira no Diário Oficial da União.
No começo deste mês, o Ministério Público Federal determinou a retirada dos não índios de uma área, em Mato Grosso, do povo xavante de Maraiwatsede, reconhecida como Terra Indígena Maraiwatsede. A decisão foi confirmada pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1). A área dos indígenas é disputada por uma empresa de agropecuária desde 1966.
A disputa tem provocado a expulsão de indígenas da área, além de levá-los à extrema pobreza, segundo laudo pericial. Em julho deste ano, a Fundação Nacional do Índio (Funai) apresentou um plano de desintrusão para a retirada dos não índios do local. O MPF pediu apoio de segurança. A Força Nacional atuará nesta área.
Há cerca de um ano e meio, o governo lançou a "Operação Defesa da Vida", coordenada pelo Ministério da Justiça e pela Secretaria de Direitos Humanos. A ação tem a parceria da Força Nacional, das polícias Federal e Rodoviária Federal, além das Forças Armadas.
Os participantes da operação atuam nas rodovias no combate aos crimes ambientais, ao trabalho escravo, ao tráfico de drogas e armas, ao contrabando e aos roubos e furtos de veículos e cargas.