A prefeitura de Porto Velho está implantando o Programa de Produção de Alimentos Agroecológicos, nele agrupando vários projetos e ações de estímulo à produção de alimentos cultivados ecologicamente correto, a exemplo de peixe, café e leite.
O anúncio foi feito pelo secretário de Agricultura do município, Genoval Batista, no 2º Encontro de Produtores Agroecológicos de Porto Velho, no auditório do hotel Vila Rica, semana passada.
Segundo Batista, o programa é uma das formas de garantir a sustentabilidade da tecnologia social Pais [Programa Agroecológico Integrado e Sustentável], que atende a 77 pequenos produtores e produtoras rurais na região de Porto Velho com alimentos livros de agrotóxicos, mantido com biofertilizantes e bioinseticidas.
O Pais foi implantado em Rondônia em 2007, pelo governo federal, através da FBB [Fundação Banco do Brasil], e que tem a parceria da Emater [Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural], Semagric e Sebrae. A proposta é garantir alimento livre de agrotóxicos às próprias famílias produtoras e a comercialização de seu excedente.
De acordo com o secretário Batista, o Pais vem crescendo em Rondônia, “primeiro, pela sua proposta inovadora em tecnologia social inclusiva. Depois, pela adesão dos parceiros. Mas o fundamental são a crença e a adesão dos produtores, que, além de produzir legumes, verduras e frutos sem contaminação, agora criaram uma associação [a Asa – Associação de Agricultores Agroecológicos de Porto Velho], do associativismo e cooperativismo”.
Toda a produção gerada nas propriedades participantes do Pais, depois de alimentar às próprias famílias, é adquirida pelo governo federal e pela prefeitura para programas como a merenda escolar, creches, hospitais, alem de entidades carentes e associações. Mas a proposta, agora, é colocar esses produtos no mercado, chegando ao consumidor final.
“Assim como os frutos e legumes, o município também pretende fazer o mesmo para estimular a produção ecologicamente correta de produtos como peixe, café e leite, igualmente importantes na subsistência das pequenas propriedades e na alimentação da população”, reforçou Batista.
Para Mariana Oliveira, que acompanha as tecnologias sociais na Fundação Banco do Brasil, “o Pais tem potencial socioeconômico por gerar renda com preservação ambiental, dando autonomia, gerando trabalho e renda às pequenas propriedades familiares”.
Marcos Machado, da Emater, disse que a tecnologia Pais “mostra uma nova sociedade através do alimento. Em Rondônia, existe muita demanda pelo alimento livre de agrotóxicos, e também resultados positivos”.
O secretário de Agricultura de Rondônia, Antônio Deusemínio, informou que foi incluído no PPA [Plano Plurianual] do governo, “rubrica de fomento à produção de alimento saudável. O Estado disporá de centros de comercialização e valorização da produção agroecológica”.