FANTÁSTICO - Vinte e seis municípios de Rondônia compraram mais de 3 milhões de reais da Sulmedi, empresa acusada pela PF de fraudes

O escândalo nacional divulgado pelo programa Fantástico no último domingo, sobre a empresa Sulmedi que foi alvo da operação Saúde da Polícia Federal atingiu como uma bomba o município e gestores de Porto Velho.

FANTÁSTICO - Vinte e seis municípios de Rondônia compraram mais de 3 milhões de reais da Sulmedi, empresa acusada pela PF de fraudes

Foto: Divulgação

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O escândalo nacional divulgado pelo programa Fantástico no último domingo, sobre a empresa Sulmedi Comércio de Pordutos Hospitalares que foi alvo da operação Saúde da Polícia Federal atingiu como uma bomba o município e gestores de Porto Velho.
Mas a investigação deve avançar para cerca de 50% dos municípios de Rondônia. Segundo informe da PF, cerca de três milhões de reais teriam sido desviados pela quadrilha que atuava em todo o Brasil. Este valor também é bem próximo do valor comprado da Sulmedi por várias prefeituras de Rondônia.
Na denúncia exibida, a empresa Sulmedi, com matriz no Rio Grande do Sul fraudava licitações, fornecia medicamentos próximos do vencimento, entregava quantidade menor do que especificado em Nota fiscal, além de superfaturar os valores de seus produtos. Sempre em conluio com funcionários públicos.
No caso de Porto Velho foi afirmado em reportagem global que um medicamento que custaria R$ 1,24 em farmácias populares, fabricado pelo mesmo laboratório, foi vendido pela Sulmedi à prefeitura de Porto Velho por R$ 9,90. Quase nove vezes mais caro. No portal transparência da PMPV, após minuciosa busca contempla-se o valor total contratado com a Sulmedi no valor total de exatos R$ 1.485.312,09, fragmentado em vários empenhos.
Porém não foi só a Prefeitura de Porto Velho que fez negócios com a Sulmedi. Documento obtido junto ao Ministério da Saúde de investigação em curso aponta que outros 26 municípios rondonienses também tabularam empenhos financeiros com a empresa acusada, num montante de mais de três milhões de reais. Todos os recursos envolvidos nas compras tiveram como fonte orçamentária os Fundos Municipais de Saúde.
No portal de transparência da Pre
feitura de Ji-Paraná encontram-se diversas compras da secretaria municipal de saúde para com a Sulmedi. O município comandado pelo prefeito José Bianco ( foto ao lado) comprou R$ 205.431,12, tudo com dispensa de licitação. Em todo o interior, a prefeitura que mais comprou, ficando abaixo apenas da capital foi a de Ariquemes, com R$ 245.706,12 empenhados pelo prefeito Márcio Raposo. 
Outro município, este na região central do estado, a pequena Ouro Preto do Oeste, comandado pelo empresário e ex-piloto de Motocross, Alex Testoni empenhou pouco mais de 40 mil reais para a acusada de crime contra a saúde pública, a gaúcha Sulmedi.
Confira abaixo relação e valores contratados
Capital
Porto Velho – R$ 1.485.312,09
Grande Ariquemes
Ariquemes – R$ 245.706,12
Cacaulândia – R$ 42.617,00
Cujubim – R$ 2.250,00
Itapuã do Oeste – R$ 18.138,00
Machadinho do Oeste – R$ 67.954,50
Monte Negro – R$ 114.654,38
Ministro Andreazza – R$ 33.771,80
Alta Floresta do Oeste – R$ 15.690,00
Governador Jorge Teixeira – R$ 9.891,85
Urupá – R$ 77.032,12
Região Central
Jí-Paraná – R$ 205.431,90
Ouro Preto do Oeste – R$ 40.400,42
Presidente Médice – R$ 9.760,00
Jaru – R$ 158.147,44
Teixeirópolis – R$ 73.559,79
Zona da Mata
Rolim de Moura – R$ 80.283,05
Novo Horizonte do Oeste – R$ 40.116,00
São Miguel do Guaporé – R$ 52.277,38
Espigão do Oeste – R$ 161.508,46
Pimenta Bueno – R$ 119.055,41
Alto Alegre dos Parecis – R$ 16.495,00
Santa Luzia do Oeste – R$ 26.814,00
Cone Sul
Chupinguaia – R$ 28.549,50
Theobroma – R$ 3.338,00

Prefeito Marcio Raposo de Ariquemes foi o que mais comprou da Sulmedi no interior de RO

É necessário que fique claro que se trata de valores empenhados, não podendo se identificar se o mesmo foi pago ou não.

Também é necessário frisar que não existe até o momento nenhuma suspeita de negócios ilícitos com a empresa Sulmedi por parte dos gestores das referidas cidades na relação acima.
A única certeza que se tem é que nos municípios investigados pela Polícia Federal, integrantes da suposta quadrilha de servidores públicos que agia na Saúde, muitas vezes deixava faltar o medicamento para se declarar “emergência” no processo de compra e a partir daí, dispensar a licitação.

 Também vendiam produtos com prazo perto do vencimento que logo após ter sua validade vencida eram descartados ou incinerados de forma criminosa para ocultar o delito.

Cabe uma investigação apurada por parte do Ministério Público de Rondônia para esclarecer as suspeitas levantadas pela Operação Saúde. A Polícia Federal também poderia envidar esforços para saber se a extensão do dano ao erário é maior do que até agora apurado.

A população do estado de Rondônia merece que o caso seja "passado a limpo". Seja para punir e enjaular os marginais do colarinho branco. Seja para apagar qualquer tipo de suspeita de conduta ilícita aos citados na reportagem do programa Fantástico da Rede Globo de Televisão.

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