Necessidade imperiosa – Por Valdemir Caldas
Foto: Divulgação
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É preciso que se dê destaque, levando ao conhecimento de todos, a proposta da OAB de se acabar, definitivamente, com a aposentadoria para ex-governadores, aqui e alhures.
A OAB sai na frente, mais uma vez, e propõe o fim dessa imoralidade, que beneficia uma casta de privilegiados, em detrimento da maioria da população.
Se todos são iguais perante a lei, como estatui a Constituição Federal, não há por que se manter categorias distintas de cidadãos.
E muita generosidade num país sulcado por contrastes absurdos. O servidor público, por exemplo, precisa contribuir trinta e cinco anos e rezar para superar a barreira dos sessenta e cinco para poder gozar do merecido ócio. Já o ex-governador, basta ter ficado quatro anos no posto para embolsar uma polpuda aposentadoria, sem, contudo, nunca haver contribuindo com um centavo de seu subsídio.
Em passado não muito distante, várias foram as investidas para se acabar com essa excrescência legislativa. Nenhuma, porém, logrou êxito. Agora que a OAB interveio, pode ser que o resultado seja benfazejo à sociedade.
É preciso entender que estamos vivendo um novo tempo, com os órgãos judicantes cada vez mais atuantes e sintonizados com os clamores da população.
Por isso, merecem os melhores encômios não somente a OAB por essa e outras iniciativas, igualmente instituições como o Tribunal de Contas de Rondônia, o Ministério Público Estadual, o Tribunal de Justiça de Rondônia e inúmeras entidades civis e religiosas. Há pecados? Evidentemente que sim. Afinal, perfeito só Deus. Mas, o mais importante, é que as cosias estão mudando. E para melhor! Ou não?
A esperança se reascende, sobretudo num momento em que a mudança de mentalidade é uma necessidade imperiosa. Assim, estar-se-á colocando o interesse público no seu devido lugar.
Na distribuição de uma justiça igualitária e equânime, não pode haver cidadãos de primeira e segunda classe, embora a maioria dos políticos, uma vez eleitos, abandona as promessas feitas ao povo e passa a cuidar de seus próprios e mesquinhos interesses.
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!