Para o Governo Federal, um projeto social que visa combater a fome e a miséria com a distribuição de dinheiro para famílias mais necessitadas, situadas aquém da chamada linha da pobreza. Para a oposição mais radical, um simples esquema de “compra de voto” disfarçado de projeto social, que possui nos seus cadastros milhares de famílias que não se enquadram no perfil objeto do programa.
Visões diferentes para o Bolsa Família, projeto social que por decisão do presidente Lula, unificou todos os benefícios sociais (Bolsa Escola, Bolsa Alimentação, Cartão Alimentação e o Auxílio Gás) do governo federal num único programa para atender famílias em estado de vulnerabilidade social, cuja renda “per capita” seja de até R$ 140,00.
Em Porto Velho, atualmente a prefeitura atende 23.981 famílias cadastradas, que foram alvo de investigação social por parte de técnicos do município, caixa Econômica Federal e que supostamente se enquadraram nas condicionantes do projeto.
O Rondoniaovivo recebeu uma denuncia que poderia estar havendo desvios de conduta no projeto no âmbito de Porto Velho, com funcionários do município e seus parentes recebendo recursos do Governo Federal. A denúncia cita um caso especifico, com o nome do funcionário e três beneficiarias, duas irmãs e uma cunhada do referido, sendo que a cunhada também é funcionaria da prefeitura. O documento com os nomes e números de registro está à disposição da Prefeitura de Porto Velho e Ministério Público Federal, que podem retirá-lo na sede do jornal, mediante protocolo padrão. Acreditamos que o caso requer atenção por parte das autoridades sérias deste Estado.
BLOQUEIO
Recentemente a capital teve o bloqueio de quase seis mil famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família. As mesmas não fizeram a complementação cadastral e tiveram o benefício bloqueado pelo Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS).
A maior parte das que não passaram na revisão cadastral foi por causa de pendência na documentação, principalmente por não informarem o numero do CPF e/ou o do título de eleitor. O dia 30 de outubro era o prazo final para estas famílias tentarem reverter o processo. Coincidentemente, um dia antes das eleições de 2º turno no Brasil.
PROGRESSO
Em Porto Velho, com o advento da construção das Usinas, o que não falta é trabalho. Em três anos, foram abertos mais de 50 mil postos de trabalho na capital, diretos e indiretos, incluindo aí, o comércio, indústria e construção civil. Especificamente na obra da usina de Santo Antônio, 5% dos 10 mil funcionários alegam que deixaram o programa Bolsa Família, através principalmente do projeto Acreditar, que prioriza pessoas que tem a carteirinha do programa.
Mas enquanto a oferta de emprego cresce na capital rondoniense, também cresce o numero de famílias beneficiarias do programa. Algo que deve ser investigado para não se cometer injustiças contra quem realmente precisa. Mas também não cometer injustiça contra o contribuinte brasileiro, que através do suor do seu trabalho ajuda o programa.
E o mais importante, não deixar que maus políticos usem o bolsa família como máquina eleitoral, perpetuando no poder grupos políticos de péssimo desempenho gerencial.