Coordenadores de Cahulla não pagam as formiguinhas conforme o combinado e botam a culpa na Polícia Federal

Da Redação

31 de Outubro de 2010 às 11:38

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Coordenadores de Cahulla não pagam as formiguinhas conforme o combinado e botam a culpa na Polícia Federal - Vídeo

Foto: Divulgação

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No final da noite desse sábado (31/10), por volta das 23h, centenas de pessoas que trabalharam nos últimos 30 dias na reta final do segundo turno para o candidato João Cahulla (PPS), se aglomeraram em frente a uma residência localizada bem no centro de Porto Velho, ao lado da Biblioteca Francisco Meirelles, exigindo o pagamento de suas prestações de serviços com as "formiguinhas", que haviam sido combinadas para receberem desde as 16h na zona Leste da cidade.

Com o não comparecimento dos coordenadores responsáveis pelo repasse dos salários a situação foi ficando cada vez mais complicada e o grupo de funcionários da campanha de Cahulla, cerca de duzentas pessoas, se dirigiu à residência no centro da cidade, chamada de “Central”, com a promessa de que lá seriam devidamente pagos.

Segundo uma das pessoas que estava esperando o pagamento era efetuada por dois coordenadores responsáveis pelo repasse, uma delas com nome de Jeremias, que garantiu que todos estariam recebendo os seus valores em dinheiro, porém, ao chegar até a “Central”, a conversa já foi mudando e provocando mais revolta ainda nos trabalhadores da campanha de Cahulla, inclusive com um ensaio de "quebra-quebra".

Segundo as "formiguinhas" lá na Central a informação era de que havia impossibilidade de realizar os pagamentos por causa de uma apreensão de documentos de todos os colaboradores feita pela Polícia Federal e que até aquele momento não tinha devolvido à coordenação, impedindo assim o reconhecimento de cada participante da campanha, apesar de que, ao conversar com a imprensa, uma mulher, que se identificou como coordenadora de um grupo de 70 pessoas, disse que todos os cheques estavam ali nominais para os pagamentos, porém havia necessidade da "Lista de pessoas” com todos os dados cadastrados durante a campanha para a conferência, justamente a que Polícia Federal tinha apreendido.

Ao ser questionada se as pessoas apresentassem os seus documentos com fotos para então serem pagas, já que os cheques eram nominais, não resolveria a situação a coordenadora disse que sem a Lista ninguém iria receber, pois todos teriam que ter seus nomes conferidos e somente após a votação, ou seja na segunda feira é que seriam providenciados os pagamentos.

O clima foi controlado por alguns membros da coordenação que com a chegada da imprensa, começaram a se comprometer pessoalmente com as pessoas de que se o candidato não honrasse a dívida elas se responsabilizariam, fato que convenceu alguns manifestantes que começaram a ser enviados para suas residências em taxis lotados pela coordenação.

Para a colaboradora de campanha M.A., o simples fato de eles estarem mentindo quanto ao fato de que a culpa do não pagamento é da Polícia Federal já é suficiente para que o candidato perdesse o voto dela e de toda a sua família.

“Dinheiro pra pagar táxis pra levar a gente embora eles tem, mas pra pagar a gente diz que não tem, eu quero ir embora é com o meu dinheiro...”

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