O eleitor rondoniense foi às urnas, neste domingo, para escolher, dentre tantos postulantes, presidente da República, governador, senadores, deputados federais e estaduais.
Muitos, no entanto, preferiram ficar em casa e não cumprir o seu direito de cidadania, deixando de comparecer à seção eleitoral e dá o seu recado. O número de abstenções foi extraordinário.
Institutos de pesquisas, aqui e alhures, apontavam a vitória da candidata à presidência da República Dilma Rousseff (PT) já no primeiro turno. Erram. A votação estupenda de Marina Silva (PV) ajudou o tucano José Serra a levar a disputa para o segundo turno.
Serra ganhou, inclusive, em Rondônia, onde o governo Lula despejou caminhões e mais caminhões de recursos federais, para construir usinas, pontes e viadutos. Um vexame para os aliados do presidente (Raupp, Marinha, Cleide, Sobrinho, Valverde e companhia).
Considerado o azarão, na disputa para o governo do estado, o candidato João Cahulla vai brigar, no segundo turno, com Confúcio Moura (PMDB).
Cassol e Raupp abocanharam as duas vagas para o senado, deixando Fátima Cleide na rua da amargura. Por pouco, a petista não foi ultrapassada pelo candidato evangélico Agnaldo Muniz.
Se, por um lado, o eleitor acertou ao reeleger os deputados federais, Mauro Nazif, Marinha Raupp e Moreira Mendes, por outro lado, errou ao mandar para a Câmara Federal figuras da estirpe do ex-deputado Nilton Capixaba, mostrando, assim, que se esqueceu do escândalo das ambulância. E o que dizer de Carlos Magno?
A Assembléia Legislativa foi renovada em sessenta por cento. É natural que se espere, pois, novos comportamentos naquela Casa, a partir de janeiro. Há esperança de que, em razão disso, haja uma mudança significativa dos costumes político-administrativos.
Apesar do esforço das autoridades para fazerem exercer a lei, o trabalho de boca-de-urna funcionou abertamente. Em alguns zonas eleitorais, houve muita demora no processo de votação, o que deixou muitos eleitores irritados.
Aguardemos, pois, o segundo turno, que acontecerá no dia 31 de outubro. Cahulla e Confúcio, eis a questão. O que dá para rir, dá para chorar. E, certamente, muita gente vai chorar, a partir de janeiro de 2011.