Garis de Porto Velho estiveram reunidos, durante toda a manhã de segunda-feira, na Câmara Municipal visando apoio dos vereadores contra a possibilidade de terceirização da limpeza pública da Capital. Ao tomar conhecimento do assunto, o presidente do Legislativo Municipal, vereador Hermínio Coelho, propôs um debate sobre a situação com representantes da categoria e com o Executivo Municipal.
Segundo temem os garis, há um grande temor com a notícia de terceirização. O projeto ainda está em fase de elaboração pela Procuradoria do Município, mas os garis já estão se antecipando às discussões pedindo aos vereadores que não aprovem o dispositivo.
Caso haja a terceirização, os garis vão sofrer mais de 50% nos valores de seus vencimentos. Atualmente, um gari ganha em torno de R$ 1,1 mil, e com a retirada da gratificação, hora extra e insalubridade, o salário do trabalhador da limpeza pública cairia para R$ 487. Hermínio chama também a atenção para que, em caso de terceirização, sejam chamados os garis que hoje se encontram na lista de reserva do último concurso realizado.
Ao lado dos vereadores Jean Oliveira (PSDB), Mariana Carvalho (PSDB), Cláudio da Padaria (PC do B), Ellis Regina (PC do B), Eduardo Rodrigues (PV), Jaime Gazola (PV) e Ramiro Negreiros (PMDB), o presidente da Câmara tranqüilizou os garis afirmando que o Legislativo irá lutar para que não ocorra a terceirização do serviço de limpeza pública.
Hermínio comentou que os garis precisam de melhores condições de trabalho, principalmente quanto aos materiais de trabalho. Ao falar sobre a falta de equipamentos, um gari surpreendeu os vereadores exibindo uma velha vassoura feita artesanalmente que é utilizada na limpeza de ruas.
Segundo reclamações dos servidores que compareceram à Casa, Porto Velho possui um quadro de aproximadamente mil garis, mas apenas 380 efetivamente estão trabalhando na área, ou seja, estão cedidos para outros órgãos da prefeitura.