Painel Político-(Acir não sabe brincar nem desce do play. ALE não quer pagar conta de plebiscito) - Alan Alex

Dono da bola

Sabe aquela criança que só é chamada para jogar futebol com os amiguinhos porque é o dono da bola? Pois é, dessa forma podemos comparar o empresário paranaense Acir Gurgacz com as eleições. Em todas ele participa, por insistência dos aliados porque Acir tem uma coisa que poucos têm, dinheiro e vaidade em excessos. E ele continua jogando só por causa disso. Mas quando chega a vida adulta, o jogo muda e  se não sabe brincar, desce do play.

Continua de fora

E mandaram Acir descer do play mais uma vez. Pelas minhas contas (que eu perdi lá atrás) essa deve ser a quinta tentativa de Acir para tomar posse na vaga de Expedito Júnior, que segundo os mais atentos alertaram, tem a ver com seu nome, igual ao de Santo Expedito, aqueles das causas impossíveis, é o que vem lhe mantendo no cargo. Deixando de lado os milagres, o que Expedito tem é muita moral no Senado, aliado a uma enorme sorte.

Armações

Acir Gurgacz deveria desistir desse mandato. Eu lembro de uma frase que era muito dita quando era criança enquanto jogava bolinhas de gude. Na hora da jogada, alguém sempre falava “quem rouba perde”. Parece que é mais ou menos o caso de Gurgacz. De acordo com videos gravados na empresa Eucatur, os “denunciantes” que acusaram Expedito de compra de votos aparecem reclamando do atraso no pagamento de uma mesada, que havia sido acordada com o braço direito de Acir Gurgacz, comprovando que o empresário paranaense armou para incriminar Expedito Júnior. É aquela história, não sabe brincar, desce do play.

Frustrações

Ontem a noite em Brasília jantavam Ruy Motta, delegado regional do Trabalho em Rondônia e presidente municipal do PDT, o prefeito Roberto Sobrinho, o vereador Chico Caçula, Acir Gurgacz e alguns de seus familiares, além de outros aliados, como o vereador Hermínio Coelho. Comemoravam a posse de Acir que aconteceria hoje. Não deu. Voltam para casa mais uma vez com os ternos do jeito que foram, novinhos e passadinhos na maleta. E o diploma de Acir, bem, quem tiver alguma sugestão sobre o que ele pode fazer com esse pedaço de papel, por favor, escrevam nos comentários.

Dinheiro público

Gostaria de saber se o prefeito Roberto Sobrinho utilizou passagens e se pediu diárias para essa viagem a Brasília para assistir a posse de Acir Gurgacz, assim como os vereadores Hermínio Coelho e Chico Caçula. O prefeito ao invés de estar andando pela cidade para acompanhar as obras que ele nunca termina, fica batendo pernas atrás de Gurgacz. Vale lembrar que Sobrinho viajou para a Itália, acompanhado da primeira-dama e que a mesma recebeu diárias para isso. Não duvido nada que o dinheiro público esteja pagando essa comitiva.

Falando em viagem

Vai ficar mais caro viajar de avião. O preço das passagens aéreas de voos domésticos vai subir, depois de atingir o menor nível do ano em setembro. A forte competição entre Gol e TAM com as pequenas Oceanair, Azul e Webjet, foi a responsável pela baixa. A crise econômica também ajudou. Só que, com maior procura nos últimos três meses, a guerra tarifária vai dar um tempo. As empresas estão se preparando para reajustar os valores. A Gol deve subir suas tarifas em 20% até o final do ano. A TAM fala em 10%. As pequenas também devem reajustar. Em outubro, a Oceanair conseguiu recompor em 5% o preço das tarifas. Para novembro, a empresa, que detém 2,24% do mercado, deve praticar preços 10% maiores. “As passagens para viagens a partir de 15 de dezembro, quando começa a alta temporada, já estão 15% mais caras”, afirma o diretor da Associação Brasileira das Agências de Viagens, Lionel Rossi Junior. “E quanto mais tarde a pessoa comprar, mais caro vai ficar

Plebiscito

O plebiscito para decidir se a Ponta do Abunã poderá se transformar em município sempre deu confusão e agora o bicho pegou de verdade. É que para realizar o pleito, em toda a Capital, incluindo as regiões ribeirinhas, além de convocação de mesários, transporte e instalação de urnas, diárias, vai custar dinheiro, e muito. E o responsável pelo pagamento desses custos é a Assembléia Legislativa.

Agora não

Feitas as contas chegaram a conclusão que a brincadeira vai custar algo em torno de R$ 1 milhão e a Assembléia está relutando em arcar com esse gasto. É que ele não estava no orçamento e teria que sair das despesas da Casa. Isso representa menos verba de gabinete e outras regalias garantidas aos deputados. Eles estão arrependidos, e muito, de terem “economizado” aqueles milhões tão propagandeados ano passado.

Por isso

O plebiscito deverá ficar para o ano que vem. A não ser que a população da Ponta do Abunã venha a Capital pressionar os parlamentares que tanto defenderam a emancipação quando houve aquela pressão há alguns meses. Acho que a coisa fica para 2010 mesmo.

Incompetência

E quando o assunto é dinheiro, a situação fica mesmo complicada. O consórcio que constrói a Usina de Jirau construiu uma quadra poliesportiva na escola Cora Coralina de Jacy Paraná. De acordo com a prefeitura foram gastos mais de R$ 700 mil nessa obra que conta com 20 holofotes que serviriam para iluminar o espaço à noite. Eu disse serviriam porque quando os holofotes são acesos, a energia das casas próximas cai. Para resolver esse problema, segundo os técnicos da Ceron, seria necessária a instalação de uma sub-estação. Mas Jirau já disse que isso não estava no acordo e caberia a prefeitura arcar com essa despesa. Enquanto isso, o prefeito fica pagando de “o homem que revolucionou Jacy-Paraná”. Então tá. Os alunos vão jogar bola no escuro, ou à luz de velas.

Liberou geral

A Construtora GM Engenharia que está construindo o condominio Morada do Bosque resolveu construir um hotel ao lado do referido empreendimento. Vai se chamar Holliday Inn. Ocorre que aquela é uma Área de Preservação Permanente – APP. Ali corre um igarapé e existe um bosque que tem que ser preservado. Gostaria de saber como foram concedidas as licenças para a construção de um hotel naquele local.

Falando nisso

Uma série de empreendimentos em Porto Velho foram licenciados de forma, digamos, rápida demais. O Porto Velho Shopping, por exemplo, foi um Deus nos acuda. Vereadores quase saíram no tapa por causa dos licenciamentos dados pela prefeitura em tempo recorde. Outras obras que antes estavam embargadas foram retomadas, inclusive um prédio que iria “encobrir a visão das três caixas dágua”.

Renovação

As principais entidades civis contra a corrupção estão se mobilizando para lançar em 2010 uma campanha, pela internet, contra os candidatos ficha suja e contra fraudes e desvios de dinheiro das campanhas eleitorais. Os trabalhos vão desde a seleção dos nomes dos candidatos com ficha suja, que já está sendo preparada, aos relatórios de desempenho da atividade legislativa dos que já ocupam cargos no Congresso, tabelas de gastos com verba indenizatória, quadro de doadores de campanha, emendas apresentadas ao Orçamento, entre outras. A campanha tem meta ambiciosa: a renovação de 60% dos deputados e senadores nas eleições do ano que vem. As mesmas entidades entraram no Congresso, há um mês, com um projeto de autoria popular para impedir a candidatura de políticos com ficha suja. E encontraram resistências. Até agora, o projeto não ganhou nem relator, segundo o Estadão. Atualmente, levantamento feito pela Transparência Brasil mostra que, dos 513 deputados, 208 têm problemas com a Justiça ou com os tribunais de contas. Isso dá 41% do total. No Senado, dos 81 parlamentares, são 36%.

Outro escândalo

Uma corretora, a Fenae, dirigida por sindicalistas da Caixa Econômica Federal, é a maior negociadora de seguros de entrega de obras do Minha Casa, Minha Vida, programa do governo federal. Os dirigentes sindicalistas são filiados ao PT e também doadores de candidatos a deputado e prefeito pelo partido, revela a Folha de São Paulo. Funciona assim: construtoras que participam do programa são obrigadas a contratar um seguro para garantir a entrega das moradias, caso as próprias empreiteiras não cumpram o prometido. Duas seguradoras, Caixa Seguros e J Malucelli, dominam o mercado até o momento. A Fenae Corretora é quem faz a intermediação entre construtoras e seguradoras. É a única que faz isso - um negócio de milhões de reais. Empreiteiras e corretores ouvidos pelo jornal confirmam um monopólio informal. A Caixa diz que quaisquer seguradoras e corretoras podem participar. A Fenae afirma ser uma das mais experientes da área. O Minha Casa, Minha Vida promete investir R$ 34 bilhões na construção de um milhão de casas populares.

Mudança

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