João Coelho: perverso esquecimento – Por Valdemir Caldas

O desencanto popular com a classe política, aqui e alhures, costuma levar os mais calejados a dizer que já não se faz mais políticos como antigamente.

João Coelho: perverso esquecimento – Por Valdemir Caldas

Foto: Divulgação

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O desencanto popular com a classe política, aqui e alhures, costuma levar os mais calejados a dizer que já não se faz mais políticos como antigamente.
 
Há, contudo, os que dizem que a observação não corresponde à realidade, frequentemente distorcida por visões marcadas pelo saudosismo, que tende a magnificar o passado, do qual só remanescem, não raro, lembranças favoráveis.
 
Muitas vezes, porém, não é preciso qualquer esforço maior de pesquisa para chegar à melancólica conclusão de que os mais experientes têm razão. Há exceções. Pouquíssimas. Mas há.
 
Neste pedaço de chão, onde a memória de muitos não vai além das fronteiras do ontem, é possível que muita gente nunca tenha ouvido falar do ex-vereador João Coelho, pois seu nome, à semelhança de outros que o antecederam, como Antonio Serpa do Amaral, Clóter Saldanha Mota, Luiz Lessa Lima, Abelardo Townes de Castro Filho e Paulo Struthos Filho, não aparece em monumentos, ruas ou edifícios públicos, nem dele se ouvem referências em discursos de inaugurações.
 
João Batista Coelho de Oliveira, ou, simplesmente, João Coelho, foi um político dos anos oitenta, membro do Partido Democrático Social (PDS), fundado em 1980. Ele foi, sem dúvida, um dos políticos mais respeitados do seu partido e da sua época, num período em que brilhavam João Paulo das Virgens Lima, Lucindo José Quintans, José Álvaro Costa, Marlene Gorayeb Baleeiro, Sidrônio Timóteo e Silva e Waldemar Pires Marinho, dentre outras expressões da política local.
 
João Coelho deu ao cenário político portovelhense a exata dimensão do vocábulo Política (com P maiúsculo). Por isso, é fácil avaliar a sua grandeza, sabendo-se que ele conseguiu ser um dos maiores numa época de gigantes.
 
Um dos períodos marcantes na sua carreira foi a passagem pela presidência da Câmara Municipal de Porto Velho, posto que exerceu no período de 1985 a 1987, combinando dignidade, altivez, espírito público e elevado sentimento de justiça. No cargo, João mostrou, além de know-how, tirocínio político e extraordinário talento administrativo.
 
Não figura, em sua biografia, nenhum deslize, nenhum escândalo ou escorregão ideológico, enfim, nada capaz de macular seu passado, quer seja como homem público, quer seja como profissional renomado e respeitado.
 
Hoje, João Coelho amarga o ostracismo. Não de seus verdadeiros amigos, que ainda sonham vê-lo enriquecendo o cenário político portovelhense com o brilhantismo da sua incontestável inteligência.
 
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