Ao meu querido, meu velho e meu amigo, PADRE ALEXANDRE - Por Cleison Teixeira

Da Redação

05 de Agosto de 2009 às 10:51

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Ao meu querido, meu velho e meu amigo, PADRE ALEXANDRE - Por Cleison Teixeira

Foto: Divulgação

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Escrevo da forma mais fácil de entender, pois sei que seu nome verdadeiro se escreve: Alejandro Guarda Ernandez, mais para nossa comunidade da Paróquia São João Bosco, onde ele dedicou uma boa parte de seus noventa e poucos anos, foi pároco por mais de vinte e um anos, ele vai ser sempre nosso pároco PADRE ALEXANDRE OU ALEXANDRINHO, como carinhosamente todos os chamavam.

E nesse momento em que todos choram a dor da despedida, mesmo sabendo que ele estar no lugar que sempre buscou, ao lado de Nosso Senhor Jesus, nesse momento que a saudades se mistura com a dor da revolta por saber que mesmo estando com seus noventa e poucos anos, gozava de uma saúde extraordinária, pois sempre na ativa, fazendo o que mais gostava, que era celebrar a Eucaristia, atender confissão e visitar os doentes, quase sempre na sua inseparável bicicleta, até que na noite do dia 28.07 um certo cidadão, não sei pelo qual o motivo da pressa, pilotando uma moto que não foi identificada, nem pela cor, nem pela marca e muito menos pela placa, fez uma manobra arriscada e atropelou o Pe. Alexandre, fugindo sem prestar socorro. Eram aproximadamente 19h30, em frente da sua atual paróquia, o Santuário de Nossa Senhora de Fátima, aonde ele ia caminhando para o colégio Dom Bosco onde residia atualmente.

Foi hospitalizado em estado grave e ficando na UTI, os médicos informavam que devido sua idade, caso escapasse nosso querido padre ficaria paraplégico, mas como sua missão era evangelizar e para isso o padre precisava se locomover, Deus o chamou, para que não ficasse passando por dificuldade, tendo que ser movimentado pela mão dos outros, pois sempre foi muito ativo.

Ainda é fresca na lembrança, ao chegar à casa paroquial da nossa Igreja São João Bosco e lá estava o PE. Alexandre de botas, capinando sua horta, seu jardim, que cuidava com muito carinho, mesmo já passando dos oitenta anos, com uma saúde invejável no bom sentido.

Ao rapaz que cometeu o acidente tenho a dizer, que com toda certeza do mundo e como céu conhecia do o Pe. Alexandre ele te perdoou, e se pudesse perguntar a ele o que ele queria que você fizesse, com certeza pediria para procurar um padre e se confessar, se conciliar com Deus através da confissão e da Eucaristia, pois o coração do PE. Alexandre era enorme, caberia o mundo inteiro, menos a mágoa, o rancor e a falta de perdão.

Descanse em Paz Padre Alexandre, nossa comunidade chora sua partida, mas guarda com orgulha na lembrança todas as alegrias e ensinamentos. Como era bom confessar e ouvir seus conselhos, até um dia, nós te amamos muito, que Nossa Senhora possa lhe receber de braços abertos como o senhor merece e fez por merecer.

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