ARTIGO - A guerra das sucessões eletivas e o agigantamento da corrupção - Por Domingos Borges
Foto: Divulgação
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Em 2005 escrevi um artigo através do qual defendia o custeio de eleições políticas através dos cofres públicos com recursos depositados no Fundo Partidário, a fim de evitar as doações de campanhas por pessoas físicas e jurídicas privadas, como forma de amenizar os atos de corrupção.
Defendia que as doações para campanhas eleitorais, através de pessoas físicas e jurídicas avolumavam os atos de corrupção diante das benesses que os doadores pretendiam e obtinham perante a Administração Pública, como forma de serem ressarcidos dos valores que foram doados.
Em outras palavras, os recursos para campanhas eleitorais sempre saíram dos cofres públicos, pois nenhuma pessoa física ou jurídica doa volumosos valores para custeio dessas campanhas, sem que tenha os benefícios através da administração pública.
Para se ter uma idéia, pesquisa de ordem econômica já foi realizada e constatado que para cada um real que ingressa nos cofres públicos para custeio de obras e serviços, quarenta centavos são desviados de finalidade.
Hoje nos deparamos com uma outra realidade. As convicções políticas dos eleitos são voltas para suas reeleições e eternizações nos cargos que ocupam, mesmo através de aliados políticos.
As pretensões de eterna permanência nos cargos eletivos para os quais foram eleitos, têm uma finalidade especifica, dar continuidade na longa cadeia de atos de corrupção que já se encontram enraizados no seio da administração pública ou que deram início.
No âmbito dos Poderes Executivos, há uma verdadeira guerra política para impedir que um novo eleito, não aliado político, assuma a vaga do que se encontra no poder.
Essa guerra é travada a fim de impedir que um novo administrador venha a descobrir as falcatruas levadas a efeito pelo administrador substituído.
Em raros casos administradores públicos agem com lisura no trato do bem público. Nestas hipóteses suas administrações são levadas a sério, o que os torna dignos de permanecerem nos cargos que ocuparam, o que não é o caso da grande maioria.
O político partidário malandro, quando eleito a um cargo para o Poder Executivo, diante da possibilidade da reeleição passa os três primeiros anos levando uma imagem de político honesto e quando reeleito, coloca as unhas de fora e mostra quem verdadeiramente o é e daí começa a surgir os atos de corrupção.
Aquele antigo ditado que o povo tem o administrador que merece está dando lugar para uma outra frase, “o povo têm o administrador que escolheu”.
Permitir que administrador público, notadamente aqueles que acham ser a Fazenda Pública a extensão de seu patrimônio ou que ela está às suas disposições para servir às suas pretensões pessoais, em detrimento do povo, fique por longo tempo no cargo público, é um erro imensurável.
Está por demais comprovado, com raríssima exceção, de que todo administrador que obteve uma segunda chance em cargos executivos, findaram seus mandatos com incontáveis atos de corrupção e monumentais desvios de verbas públicas e, estes, caíram no ostracismo político, envolvidos em dezenas de processos judiciais.
As batalhas travadas por administradores públicos com a finalidade de manter seus aliados políticos no poder, não têm outra finalidade se não a de garantir a continuidade e perpetuação dos atos de corrupção no âmbito da Administração Pública.
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