Ex-presidente do Conselho do IPAM denuncia que Prefeitura de Porto Velho maquiou dados para renovar CRP
Foto: Divulgação
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O ex-presidente do Conselho Municipal de Previdência do IPAM, Raimundo Nonato Soares, denunciou nesta segunda-feira, uma nova situação envolvendo a direção do Instituto e a Prefeitura de Porto Velho. Segundo ele, a direção do IPAM omitiu a divulgação do resultado da auditoria realizada pelo Ministério da Previdência para conseguir a renovação do Certificado de Regularidade Previdenciária (CRP).
De acordo com o dirigente sindical, a direção do IPAM não encaminhou às autoridades competentes o resultado da Auditoria do Ministério da Previdência nas contas do Instituto a fim de ganhar tempo e renovar o CRP. “Mesmo a auditoria ter revelado que a Prefeitura deve R$ 49 milhões ao IPAM, consta em Brasília que o município está quites com o Instituto, quando deveria estar no Cadin”, disse. Nonato acrescentou que, devido a esta regularidade, o município está isento de negociar a dívida com o Instituto.
“Estamos diante de um calote no servidor. Se essa dívida não for negociada, centenas de servidores corre o risco de se aposentar nos próximos anos e não receber nada. Da forma como a coisa está sendo conduzida pelo município com a anuência da direção do Instituto, logo não haverá dinheiro para custear as aposentadorias. Isso é muito grave”, salientou. Para Nonato, a atual gestão do Instituto é uma das piores nesses 18 anos de existência, uma vez que não tem usando a transparência devida com o dinheiro do servidor.
Nonato apresentou provas contidas no relatório do Ministério da Previdência que a Prefeitura e o IPAM não agiram com transparência no episódio que culminou com a retenção de R$ 5 milhões do dinheiro do Fundo de Previdência do Instituto. De acordo com Nonato, o presidente do IPAM, Herbety Peixoto ´Beto´ fez uma consulta ao Ministério da Previdência sobre a legalidade da retenção, cujo resultado foi “irregular”, ou seja, a auditoria nacional apontou que o ato era ilegal. Mesmo assim, a retenção foi feita como se o Instituto é quem devesse dinheiro à Prefeitura.
Raimundo Nonato vai levar ao conhecimento do Ministério Público Federal e Estadual a omissão de dados feita pela Prefeitura e IPAM. Para ele, houve uma ´maquiagem´ nas informações prestadas com o claro intuito de eximir o município de pagar o que deve aos cofres do Instituto. “Conclamo o MPF e o MP a convocar a assessoria técnica, jurídica e o diretor de Previdência, bem como o ex-presidente do Conselho de Previdência do IPAM, José Afonso Florêncio e novamente o presidente Herbety para que prestem esclarecimentos sobre essas informações distorcidas que foram repassadas”, disse.
O dirigente finalizou conclamando também os servidores para que se unem e cobre da Prefeitura a negociação da dívida e evitar que o Instituto vá para a bancarrota. “O IPAM não está esse mar de rosas que estão falando. O marketing político sobre o IPAM é outra maquiagem sobre a real situação em que se encontra o município. O Instituto pertence aos servidores e por isso temos que brigar para mantê-lo”, finalizou.
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!