MPF em Rondônia faz reunião com Infraero e empresas aéreas para garantir acessibilidade a passageiros deficientes
Foto: Divulgação
Receba todas as notícias gratuitamente no WhatsApp do Rondoniaovivo.com.
Empresas têm até 30 de março para apresentar solução ao problema
O Ministério Público Federal (MPF) em Rondônia realizou na manhã de hoje, segunda-feira, 9 de março, uma reunião com representantes das empresas aéreas Trip, Tam, Gol, Ocean Air e Rima Taxi Aéreo, além da Infraero, para solucionar o problema de falta de acessibilidade às aeronaves. Desde o começo deste ano, o MPF tenta que as empresas adotem as medidas necessárias para cumprir a resolução n° 9/2007, da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) que determina a utilização de veículos e equipamentos, como elevadores, para embarque e desembarque das pessoas portadoras de necessidades especiais e mobilidade reduzida.
O procurador regional dos Direitos do Cidadão, Ercias Rodrigues de Sousa, esclareceu que a reunião teve o intuito de resolver o problema sem que para isto o MPF tenha que mover uma ação civil pública. Ele ressaltou, no entanto, que, caso as empresas e a Infraero demorem a adquirir os equipamentos para elevar os cadeirantes às aeronaves, o órgão vai ajuizar a ação.
As iniciativas do MPF começaram após denúncias feitas pela Federação dos Portadores de Deficiência de Rondônia (Feder). Segundo essa entidade, o acesso dos deficientes às aeronaves deveria ter sido providenciado há bastante tempo, mas nenhuma providência foi tomada até o momento. Para a Federação, a solução mais eficiente seria a aquisição dos dispositivos “ambulifts” (plataformas elevatórias) ou “fingers” (pontes de comunicação entre o terminal e a aeronave).
Como alternativa ao problema, uma das empresas apresentou uma cadeira de propulsão elétrica que sobe e desce as escadas de acesso à aeronave. Mas para o presidente da Feder, Mário Alves Tavares, o equipamento não atende todo os tipos de necessidades especiais. “Pessoas com mobilidade reduzida - como obesos, idosos ou pacientes transportados em maca - continuarão sem possibilidade de acesso”, enfatizou.
Para a justificativa das empresas sobre os custos elevados dos equipamentos, o procurador Ercias Rodrigues ressaltou que “a questão é o cumprimento da lei; não se trata de uma questão de economia, mas da importância do papel social das empresas aéreas”. Ele acrescentou que “um dos papéis do Ministério Público Federal é a defesa das minorias, garantindo os direitos constitucionais que lhes são devidos” e que para assegurar estes direitos o órgão adotará todas as medidas que forem necessárias.
As empresas e a Infraero concordaram em apresentar uma solução até 30 de março. Uma nova reunião está marcada para 16 de abril. “Este problema não pode demorar a ser solucionado e é preciso o empenho de todos”, concluiu o procurador.
A política de comentários em notícias do site da Rondoniaovivo.com valoriza os assinantes do jornal, que podem fazer comentários sobre todos os temas em todos os links.
Caso você já seja nosso assinante Clique aqui para fazer o login, para que você possa comentar em qualquer conteúdo. Se ainda não é nosso assinante Clique aqui e faça sua assinatura agora!
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!