Expedito Júnior quer comissão para discutir a situação dos Soldados da Borracha

Expedito Júnior quer comissão para discutir a situação dos Soldados da Borracha

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Foto: Divulgação

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Eles já foram 60 mil. Hoje são pouco mais de 600. Os homens recrutados pelo Governo Brasileiro para trabalhar na produção de borracha na Amazônia durante a Segunda Guerra Mundial, os Soldados da Borracha, estão esquecidos em meio a floresta. Com idade avançada e com poucos recursos, esses seringueiros reivindicam direitos e igualdade com os ex-pracinhas, que batalharam na Itália nos idos de 1940. O reconhecimento demorou a aparecer. Só a partir da Constituição de 1988 - mais de 40 anos depois do fim da guerra -, os soldados vivos passaram a receber uma pensão como reconhecimento pelo serviço prestado ao país. Mas o valor do recurso é irrisório e chega a ser 10 vezes menor do que o daqueles que combateram na Itália.

Diante desse quadro, o senador Expedito Júnior (PR/RO) quer fazer justiça. Para isso, apresentou um requerimento à Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado para pedir a criação de uma Subcomissão temporária, com sete membros titulares e sete suplentes, para discutir as condições sociais do soldado da borracha e apresentar propostas legislativas para reparação das injustiças de que essa categoria foi vítima.

Foram esses soldados que garantiram a produção da borracha na época. É que em plena Segunda Guerra, os japoneses cortaram o fornecimento de borracha para os Estados Unidos. Milhares de brasileiros do Nordeste foram enviados para os seringais amazônicos. Inicialmente eles recebiam tratamento semelhante ao dos soldados. Mas, ao final, o saldo foi muito diferente: dos 20 mil combatentes na Itália, morreram apenas 454. Entre os quase 60 mil soldados da borracha, porém, cerca da metade desapareceu na selva amazônica. A Constituição Federal garantiu pensão mensal vitalícia de dois salários mínimos aos seringueiros carentes.

O Ceará foi o centro de uma operação de guerra que incluía o recrutamento e o transporte para os seringais de 57 mil nordestinos. O governo dos Estados Unidos pagava ao governo brasileiro US$ 100 por trabalhador entregue na Amazônia. O então Presidente da República, Getúlio Vargas, criou o Serviço Especial de Mobilização de Trabalhadores para a Amazônia (Semta), que recrutava os homens. Estima-se que 31 mil homens tenham morrido na chamada Batalha da Borracha - de malária, febre amarela, hepatite e onça.

"Esperamos com a criação desta subcomissão trazer à luz a história do soldado da borracha para discutirmos e apontarmos soluções legislativas para seus problemas, e superar o tratamento discriminatório que lhe foi dispensado em termos previdenciários", afirmou Expedito Júnior.

O senador tem discutido o assunto com o presidente da Associação do Soldado da Borracha do Estado de Rondônia (Asber), José Ademir da Silva. Sargento do Exército aposentado, Silva luta pelos interesses da classe.

A Subcomissão deverá discutir ainda o destino dos recursos financeiros que foram repassados pelo governo dos Estados Unidos da América ao Brasil, no ano de 1947, que deveriam ser destinados para Soldado da Borracha e os impasses relativos à distribuição de terras e sua posterior desapropriação. "Queremos apresentar um relatório que aponte soluções legislativas, entre as quais, a possível indenização ao soldado da borracha e familiares", defendeu Expedito Júnior.

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