A prefeitura da capital pretende intensificar neste início de ano a fiscalização sobre camelôs que mantém suas barracas nas calçadas, principalmente na avenida Sete de Setembro, nas praças do centro da cidade, especificamente na Jonathas Pedrosa, além dos espaços públicos ocupados nos bairros.
Acontece que a capital de Rondônia sofre mesmo não é com a obstrução de calçadas, mas sim, padece pela falta delas. O mau exemplo é dado por grande parcela da comunidade, que muitas vezes deixa a frente de sua casa sem calçamento, ou pior, com mato alto. Porém não é só a comunidade que falta com a obrigação. Nas três esferas de poder, Federal, Estadual e Municipal existem exemplos claros de desrespeito com o cidadão, deixando a mercê de sofrer um atropelamento. Vamos aos péssimos exemplos.
No Governo Federal, o 5º BEC – Batalhão de Engenharia e Construção não tem em toda extensão da sua lateral esquerda, no caso com a rua Prudente de Moraes a falta de calçada, obrigando principalmente alunos a andarem no meio da via que escoa grande trafego oriundo da Br364 e zona sul da capital.
O batalhão do Exército é especializado em obras, possui mais de 500 componentes e inexplicavelmente, até um mato alto tomou conta do referido local. Enquanto da cerca para dentro tudo é devidamente limpo com máquinas roçadeiras empunhadas por jovens fardados, do lado de fora do quartel, fica-se a impressão de abandono e falta de respeito com o cidadão.
ESTADO
Um mau exemplo dado pelo Governo do Estado em relação a falta de calçadas para pedestres está na frente do Comando Geral da Policia Militar, na avenida Tiradentes, na zona Norte da Capital. A corporação que tem nas suas atribuições cuidar do trânsito e dos pedestres, não possui calçada na pequena ladeira na frente do QG.
Nas proximidades do quartel existem escolas, creches, posto de saúde e comércio. Todos os transeuntes são obrigados a caminhar pelo meio da rua, justamente na frente de quem tem a obrigação de cuidar da segurança do cidadão.
MUNICIPIO
A Prefeitura de Porto Velho também contribui para colocar a vida do pedestre em risco. Um local chama a atenção. Na confluência da avenida Sete de Setembro com a avenida Rogério Weber, na praça Marechal Rondon, onde se realiza mais uma das intermináveis e caras obras de reforma de praça, o município colocou tapumes em toda a extensão do passeio público, colocando os pedestres a caminharem no meio da via mais movimentada da capital.
No perímetro, além do forte comércio, existem pelo menos duas paradas de ônibus, com contribuintes que arriscam a vida no meio de ônibus, motos e carros. A peripécia do cidadão já dura mais de seis meses e não existe previsão de término do perigo.
SOLUÇÃO
O município pode aproveitar esta operação em busca da desobstrução de calçadas e fiscalizar os proprietários de terrenos e casas, além de cobrar dos gestores públicos mais empenho e respeito pelo pedestre de Porto Velho. Pode, aliás, a começar dando o exemplo tirando os contribuintes do município do meio da avenida sete de setembro.