O processo que discute a dívida do Banco do Estado de Rondônia (Beron) não foi votado hoje pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal. O relator da matéria, senador Romero Jucá (PMDB/RR), não estava presente para ler seu parecer.
O presidente da CAE, senador Aloísio Mercadante (PT/SP), informou que na próxima reunião, depois do recesso, a dívida será apreciada. Se o relator não estiver presente, ele irá designar um relator Ad Hoc (substituto) para que a comissão possa votar a matéria.
O senador Expedito Júnior (PR/RO) disse que se o processo não for votado rapidamente pela CAE levará o assunto ao Plenário do Senado. Expedito Júnior conseguiu 40 assinaturas – sendo que seriam necessárias apenas 21 –
para ter requerimento atendido, solicitando a votação do parecer diretamente no Plenário.
Expedito Júnior teve informações de que o relatório do senador Jucá não será favorável à extinção da dívida pelo Governo de Rondônia. Tão logo seja lido na CAE o parecer do senador Romero Jucá, Expedito Júnior irá apresentar um voto em separado favorável à matéria. O senador Artur Virgílio (PSDB/AM) mostrou-se favorável ao tema e quis conhecer antecipadamente o voto em separado do senador Expedito. “O Governo de Rondônia não pode continuar arcando com esse ônus. Essa dívida não é nossa”, disse o senador do PR.
Segundo o senador Expedito Júnior, um relatório elaborado pelo Tribunal de Contas de Rondônia aponta irregularidades na gestão do Banco Central no período de intervenção da instituição no Beron. De R$ 40 milhões, a dívida passou para quase R$ 600 milhões nos quatro anos de intervenção do Banco Central.
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