Ensino público estadual de Rondônia é reprovado em avaliação nacional

Da Redação

04 de Julho de 2008 às 10:50

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Ensino público estadual de Rondônia é reprovado em avaliação nacional

Foto: Divulgação

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Por falta de planejamento, de investimento correto das verbas e de falta de valorização dos trabalhadores em educação, o ensino público estadual de Rondônia foi reprovado no Censo Escolar 2005 e 2006 pelo sistema que avalia o nível das escolas públicas em todo o país. De acordo com os principais indicadores educacionais como o SAEB (Sistema de Avaliação da Educação Básica) e o IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) o Estado de Rondônia obteve média 3,6 na avaliação de 2005 e 2006 das séries iniciais do ensino fundamental; 3,2 nas séries finais do ensino fundamental; e média 3,0 no ensino médio. O Estado de Rondônia obteve uma das piores notas do país. O resultado da avaliação nacional foi divulgado na semana passada e pode ser conferido na página do MEC na internet. O empenho e a dedicação dos trabalhadores em educação, mesmo sem serem valorizados pelo governo do Estado, é o que ainda salva a escola pública em Rondônia. O pífio desempenho do ensino público estadual confirma as denúncias levantadas freqüentemente pelo Sintero, de que o governo do Estado não dá importância à educação. Uma das provas é a reportagem veiculada em rede nacional pela TV Globo, em que mostra equipamentos de informática abandonados há mais de dois anos em uma sala da escola Mário Castagna, em Porto Velho. Há vários anos o Sintero vem denunciando uma série de desmandos no sistema estadual de ensino. Algumas das denúncias tiveram repercussão no Congresso Nacional e podem virar alvo de investigação, como a submissão da maioria dos conselheiros do Fundef ao governo do Estado e a conseqüente falta de reuniões periódicas para análise das contas do fundo e a total ausência de fiscalização dos recursos da educação. O Sintero também tem cobrado sistematicamente a valorização profissional através da reposição de perdas salariais, e outras medidas para melhorar a qualidade do ensino, como a unificação do Plano de Carreira, a implantação de gestão democrática nas escolas e a transparência no uso dos recursos da educação, com a apuração de denúncias de irregularidades. O Sintero denunciou, entre outros indícios de malversação dos recursos públicos, o esquema da vigilância fantasma, em que muitos milhões de reais da educação teriam sido desviados através da contratação de uma empresa de vigilância privada; obras de outros setores realizadas com recursos da educação, como a suposta reforma do Ginásio Cláudio Coutinho, que consumiu mais de R$ 500 mil, tendo para isso, o governo feito a doação do ginásio da Secretaria de Esportes para a Secretaria de Educação, constituindo mais um golpe para tirar recursos da educação; indícios de superfaturamento e de desvio de recursos através da impressão de mapas; supostas reformas de escolas constituindo-se em verdadeiros ralos de verbas da educação, sem que houvesse uma verificação da qualidade dos serviços, já que em muitos casos as escolas precisavam de novas reformas poucos meses depois; e a aquisição superfaturada de programa de computadores. Embora todas essas denúncias tenham sido feitas publicamente, e algumas delas formalmente na Assembléia Legislativa, os deputados estaduais Miguel Sena (PV) e Alexandre Brito (PTC), que querem acabar com o movimento sindical, não se interessaram em constituir CPI para investigá-las. O IDEB, que avalia o ensino público, foi desenvolvido para ser um indicador que sintetiza informações de desempenho em exames padronizados com informações sobre rendimento escolar. Como as providências não foram tomadas pelo Estado, a projeção do IDEB para 2007 é de que o ensino público estadual de Rondônia repita o péssimo resultado. O governo do Estado, no entanto, pode mudar essa realidade começando a dar a devida atenção à educação. VEJA TAMBÉM: Motódromo Romeu Francisco está pronto para receber Latino Americano UNIR: Inscrição para vestibular de música encerra nesta quarta-feira

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