O senador Expedito Júnior (PR-RO) disse que a fiscalização "a ferro e fogo" nas madeireiras vai gerar "muitos desempregados, muitos miseráveis e muita gente com fome" em Rondônia. Na avaliação do senador, a Operação Arco de Fogo, realizada pela Polícia Federal, pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e pela Força Nacional de Segurança para combater madeireiras ilegais na Amazônia, foi iniciada sem o devido planejamento.
O parlamentar afirmou que "ninguém é louco de ir contra uma fiscalização dessa natureza". Mas condenou o fechamento de madeireiras nas quais foi constatada uma quantidade de madeira maior do que a prevista no plano de manejo. De acordo com o senador, a madeira excedente, que não chega a 15% do total, é apreendida, mas a que consta do plano de manejo continua nos pátios e as madeireiras, lacradas, são impedidas de funcionar.
- Onde está na legislação a autorização para lacrar madeireiras? - perguntou, em Plenário, Expedito Júnior, nesta terça-feira (29).
O senador disse que, em Rondônia, foram fiscalizadas 54 madeireiras e, dos quase 90 mil metros cúbicos (m³) de madeira averiguados, foram apreendidos somente 2,9 mil m³. No entanto, as madeireiras lacradas cortaram 5 mil postos de trabalho apenas na cidade de Machadinho do Oeste, segundo o senador.
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