Rondônia - estado do IA - por Tadeu Fernandes

Da Redação

24 de Março de 2008 às 12:09

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Rondônia - estado do IA - por Tadeu Fernandes

Foto: Divulgação

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O território do Guaporé, hoje Estado de Rondônia, foi criado com parte dos Estados do Amazonas e do Mato Grosso, através do decreto-lei 5.812, tendo sido constituído territorialmente por: Lábrea e Porto Velho, desmembrado do Mato Grosso, Santo Antônio do Rio Madeira e Guajará-Mirim, desmembrado de Mato Grosso, com extensão de 349.178km2, sendo nomeado o major do exército Aluísio Pinheiro Ferreira, em sessão solene na escola Barão dos Solimões. Por influência política do Amazonas, Getúlio Vargas voltou atrás e diminuiu nosso território, decreto 6.550 de 21 de maio de 1944, assim o território do Guaporé IA ter 349.178km2 e passou a ter 238.512km2. Voltando um pouco no tempo, Rondônia IA ter a maior rede ferroviária da Amazônia e em virtude de haver sido enviado mudas de seringa para à Malásia, perdemos nossa hegemonia mundial na retirada do látex e assim, tudo foi por água abaixo, a ferrovia simplesmente foi desativada pelo governo militar em 1972. Rondônia IA ser o maior pólo do país na extração do ouro no rio Madeira, mas por cobiça de muitos e por falta de uma política na extração de minerais, a febre não passou de seis anos, deixando para trás poluição nos rios por mercúrio e uma população nas periferias empobrecida. Rondônia IA participar do plantio de soja, mas não pôde por estar encravado na amazônia. Rondônia IA participar do plantio de cana-de-açúcar e construção de usinas de ácool, mas não pôde por estar na bacia do Amazonas. Rondônia IA ser um dos maiores em produção de diamante do mundo, mas pôde por estar encravado em terras indígenas (reserva Roosevelt), restou o abandono do governo federal em criar organismo que pudesse extrair o mineral, constatando que restou a disputa entre índios e garimpeiros na ilegalidade. Rondônia IA ser um dos maiores produtores nacionais de café, mas por falta de uma política agrícola séria, já produzimos três milhões de toneladas de café conilon e atualmente não passa de 750.000 toneladas. Rondônia IA ser um dos maiores produtores de algodão, tendo sido instalada uma gigantesca indústria de algodão em Cacoal, não podendo funcionar por falta de uma política agrícola para o plantio no Estado. Rondônia IA ser um dos maiores no pólo moveleiro, mas a política severa imposta pelo IBAMA, impede a expedição de autorização de plano de manejo, estando os industriais se deslocando para outros Estados. O Governado Jorge Teixeira, na companhia do Capitão Sílvio, empreendeu o maior incentivo na produção agrícola, expedindo milhares de títulos de regularização fundiária, para pequenos, médios e grandes produtores rurais, vindo famílias de vários Estados brasileiros que para cá se deslocaram objetivando um futuro promissor, tendo sido implementado uma nova fronteira agrícola no Brasil. Atualmente, há mais de seis anos, o INCRA trava a expedição de títulos dominais, estando nossa produção agrícola em decadência e os verdadeiros agricultores impedidos de fazer financiamentos bancários, por falta de titulação das propriedades rurais. O que se passa na cabeça dos governantes, principalmente na esfera federal, se é para transformar o Estado de Rondônia em grande reserva florestal para servir de pulmão ao mundo, que venham declarar publicamente esta intenção e não deixem quase dois milhões de brasileiros desassitidos e sem perspectiva de progresso, para que definitivamente possamos procurar outras regiões para trabalhar e progredir. Rondônia IA ter as pontes sobre o rio Madeira. Rondônia IA ter a saída para o pacífico. Rondônia IA ter o gasoduto de Urucun-Porto Velho. Rondônia IA ter dois Shoppings Centers na capital. Rondônia IA ter a construção das usinas do rio Madeira. Ou mudemos todos para outros Estados, ou mudemos os gestores da política nacional, que persistem em esquecer esta unidade da federação, lembrando que a Ministra Marina Silva, acreana, não esqueceu que Rondônia reaveu parte de seu território justamente do Estado que representa, muita coincidência que seja ela a presidir o órgão que nega a autorização ambiental para a construção das usinas do Madeira, certamente teria outra posição se o empreendimento fosse no seu Estado, é só lembrar os rasgos nas florestas que fizeram no solo acreano para a saída ao pacífico, aí o IBAMA foi complacente. É chegada a hora de darmos um basta ao travamento e engessamento em nosso Estado tão esquecido pelo governo federal, juntamente com as Ong’s e países mais ricos, que pretendem transformar o nosso Estado em uma grande reserva florestal universal, sendo melhor desnudarmos e virarmos índios, vivendo da caça e da pesca, residindo em ocas. Tadeu Fernandes é Advogado

Direito ao esquecimento

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