Clínica de Fisioterapia da São Lucas orienta sobre doenças do sistema respiratório
A fisioterapia respiratória é uma das áreas de atuação da Fisioterapia que dispõe de técnicas e equipamentos para o tratamento das doenças do sistema respiratório. Importante lembrar que o sistema respiratório não é formado apenas pelos pulmões, mas ainda envolve as vias aéreas, nariz, faringe, laringe, traquéia, brônquios, bronquíolos e finalmente nos pulmões os alvéolos. Além disso, o sistema respiratório também integra as estruturas musculares e ósseas do tórax, como as vértebras da coluna torácica, as costelas, as clavículas e o osso esterno, e ainda os músculos como intercostais, e o diafragma, que é o responsável por cerca de 60% da força necessária para promover a inspiração.
Segundo a professora Ana Paula Fernandes Rubira, coordenadora da Clínica de Fisioterapia da Faculdade São Lucas, não se pode esquecer dos nervos que estabelecem a comunicação entre essas estruturas e o sistema nervoso central, e dos vasos sangüíneos (artérias e veias), que levam e trazem o sangue que irá nutrir essas estruturas, e ainda serão oxigenados nos pulmões. "Quase a totalidade das doenças que envolvem qualquer uma dessas estruturas é passível de tratamento por meio físico, ou seja, sem o uso de medicamentos, sem descartar o uso desses de forma coadjuvante", salientou a especialista.
O profissional responsável pela avaliação e tratamento com meios físicos é o fisioterapeuta, que avalia a função destas estruturas e, com exercícios, técnicas de terapia manual ou aparelhos, procura devolver a função normal. O fisioterapeuta pode atuar de forma preventiva, evitando a instalação de problemas com o funcionamento do sistema respiratório, ou de forma reabilitativa, quando a doença já se instalou. "Nesse momento o fisioterapeuta irá desenvolver suas técnicas para restabelecer o bom desempenho deste sistema, e ainda pode trabalhar de forma a evitar ou atenuar o efeito de doenças incuráveis, reduzindo o sofrimento do indivíduo", frisou o professor Juliano Colombo Mendes.
Com a fisioterapia são passíveis de tratamento as doenças respiratórias, como bronquite crônica, enfisema pulmonar, asma, bronquiolite, fibrose cística (mucovicidose), bronquiectasia, pneumonias, tuberculose, doenças neuromusculares, que afetam os nervos e músculos do sistema respiratório, entre outras. "Dentro da fisioterapia respiratória, muitas doenças necessitam de tratamento especializado em hospitais. Desta forma o fisioterapeuta se insere dentro destas instituições para tratar, através de meios físicos, estes enfermos, até mesmo dentro de Unidades de Tratamentos Intensivos (UTIs), onde a presença do fisioterapeuta constitui cada vez mais uma necessidade, atuando de forma intensiva, acelerando o processo de melhora da saúde deste paciente gravemente enfermo", destacou Ana Paula.
O professor Juliano Colombo Mendes disse que não se deve esquecer que o fisioterapeuta por excelência é o profissional que trata as doenças com exercícios. Contudo, é importante lembrar que a inatividade causa prejuízos à saúde humana e que em casos extremos, como é o caso de internamentos hospitalares ou restrição ao leito, mesmo em casa, é imprescindível a atuação de um fisioterapeuta para evitar alguns efeitos deletérios que levam à manifestações clínicas, tais como sistema músculo esquelético (osteoporose, fibrose ou anquilose, força muscular contrátil reduzida, resistência muscular reduzida, atrofias e contraturas), sistema digestivo (perda de apetite, constipação, desnutrição e conseqüentemente cicatrização retardada), sistema respiratório (capacidade vital reduzida, resistência respiratória reduzida, tosse prejudicada, aumento nas infecções respiratórias), sistema tegumentar (atrofia cutânea, úlceras de decúbito e sepses crônica), sistema cardiovascular (redução na capacidade de trabalho físico, aumento da freqüência cardíaca, tromboflebites e hipotensão ortostática), sistema renal (estase urinária, aumento das infecções urinárias e cálculos renais), sistema neuromuscular (sensibilidade reduzidos, controle motor reduzido, má coordenação de movimentos e instabilidade autônoma), e ainda pode acarretar prejuízos psicossociais como ansiedade, depressão, alienação, deficiências intelectuais.
É de competência exclusiva do fisioterapeuta (somente o fisioterapeuta pode fazer) avaliação física funcional, elaboração do diagnóstico e tratamento fisioterapêutico, dar alta nos serviços de fisioterapia, buscar todas as informações que julgar necessárias no tratamento do paciente, recorrendo a outros profissionais da equipe de saúde, através de solicitação de laudos técnicos especializados ou resultados dos exames complementares. A Clínica de Fisioterapia da Faculdade São Lucas realiza atendimento fisioterapêutico para patologias respiratórias como asma, bronquite, pneumonias, infecções respiratórias, dentre outras.