Portadores de anemia falciforme terão atendimento especializado em todo o país

Portadores de anemia falciforme terão atendimento especializado em todo o país

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Foto: Divulgação

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*Cerca de 50 mil portadores de anemia falciforme, doença sangüínea hereditária que atinge principalmente os afrodescendentes, terão a partir de agora atendimento especializado em todos os hemocentros do país. Uma portaria criando o Programa Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doença Falciforme foi assinada pelo ministro da Saúde, Humberto Costa, na 1ª Conferência Nacional para Promoção da Igualdade Racial. *Desde o ano passado, existe um projeto piloto para atender os portadores da doença em Recife, Campo Grande, Belém, Belo Horizonte, Porto Alegre e Salvador. Pelo programa, os pacientes terão diagnóstico e tratamento, inclusive recebendo medicamentos gratuitamente. O ministério adquiriu equipamentos que serão oferecidos a esse público como as bombas de infusão, necessárias para injetar o quelante de ferro diretamente na corrente sangüínea. As bombas custam cerca de R$ 1,2 mil no mercado nacional. Foram importadas 500 delas para serem cedidas em regime de empréstimo pelo qual o paciente se responsabiliza pelo uso adequado e manutenção. *A próxima etapa do programa, ainda em sua primeira fase, será a criação do Centro de Educação e Informação em Doença Falciforme, que terá o custo de R$ 1,17 milhão. O objetivo é que os pacientes com anemia falciforme e outras doenças do sangue, parentes e profissionais de saúde, tenham um referencial na hora de buscar e disseminar informações a respeito do tema. "A anemia é uma doença que faz com que a pessoa tenha uma diferença na formação das células sangüíneas e isso pode levar a alguns problemas de saúde, alguns deles graves. O programa vai possibilitar que cada hemocentro, nas capitais e cidades do interior, atenda essas pessoas adequadamente", disse o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, que participou ontem (30) de mesa-redonda na conferência. *A anemia falciforme se caracteriza pela deformação das hemáceas, os glóbulos vermelhos do sangue. São células responsáveis pelo transporte dos gases envolvidos no processo respiratório. Quem é portador da doença tem as hemáceas em formato de foice. Devido a esse formato, as células do sangue, em algum momento, endurecem e entopem vasos. Isso provoca a necrose, perda de função, dos tecidos. O primeiro órgão afetado é o baço, que trabalha no sistema de defesa do organismo. Em geral, os pacientes têm mais tendência a desenvolver infecções. Os pais podem ter o gene da anemia falciforme sem apresentar sintomas da doença e transmiti-la aos filhos.
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