Luis passou no vestibular da Unir e a falta de um ônibus com a rampa de acesso para cadeiras de rodas, tem inviabilizado suas idas às aulas no campus
*A falta de estrutura para os deficientes físicos se locomoverem na cidade, com inúmeras barreiras físicas, um problema antigo e comum em todos os municípios do Brasil volta à discussão em Porto Velho.
*Luis Pinto, 36, recém aprovado para o curso de Ciências Sociais da Unir, está há três dias em frente ao Sindicato das Empresas de Transporte (SET), manifestando sua indignação com a falta de transporte coletivo adaptado para os deficientes físicos, principalmente os usuários de cadeira de rodas.
*Com o auxílio de um amigo, Luis está recolhendo assinaturas para um abaixo assinado, que será encaminhado ao Ministério Público e Prefeitura Municipal, solicitando uma solução urgente para o problema.
*Luis passou no vestibular da Unir e de acordo com o mesmo, a falta de um ônibus com a rampa de acesso para cadeiras de rodas, tem inviabilizado suas idas às aulas no campus, que iniciaram na segunda-feira (3).
*O acadêmico disse que para entrar no ônibus, precisa do auxílio de no mínimo 3 pessoas, sendo uma operação demorada e muito constrangedora para o portador de necessidades especiais.
*“Meu problema se agrava porque sou o único nestas condições no período noturno da Unir, inviabilizando segundo os empresários, a compra de um ônibus com o sistema de transporte adaptado para atender a linha” disse Pinto.
*Para Luis, a falta de sensibilidade dos empresários de transporte público aliada com a falta de vontade política do prefeito e secretário municipal de transportes, faz com a nossa capital não possua nenhum ônibus adaptado.
*“Temos diversas linhas importantes na capital e não sou o único cadeirante da cidade” alegou Luis, que já conta com mais de 2000 assinaturas no seu manifesto.
*SEMTRAN
*O secretário municipal de Transportes, José Cláudio Carvalho disse que a prefeitura não está alheia às dificuldades dos portadores de necessidades especiais da capital.
*Segundo o secretário, será implantado até meados do segundo semestre o projeto “Porta a Porta”, com a aquisição de dois microônibus equipados com elevador para cadeirantes, para buscar e deixar em casa os portadores de necessidades especiais.
*Tudo funcionará a partir do cadastramento dos usuários deste tipo de transporte, com um sistema de agendamento das suas atividades, como escola, cursos,fisioterapia, consultas médicas e outras necessidades dos mesmos.
*Segundo o secretário, o portador de deficiência física, muitas vezes encontra dificuldades para chegar até o ponto de ônibus e com o novo sistema, facilitará muito a locomoção dos mesmos na capital.
*“A prefeitura está preocupada com o caso e com o projeto Porta a Porta vamos solucionar mais está injustiça no transporte público da capital” disse Carvalho.