*Começou ontem à tarde a transferência dos presos de Justiça dos distritos policiais e delegacias especializadas e a desativação de algumas celas, de acordo com o Termo de Compromisso assinado pelo secretário de Segurança Pública, Francisco Sá Cavalcante, o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Lélio Lauria e o presidente do Sindicato dos Funcionários da Polícia Civil do Amazonas, Sinpol, Hilton Ferreira.
*Os autuados em flagrante foram para a Unidade Prisional do Puraquequara, enquanto os outros ainda ficam aguardando nas celas dos DPs e delegacias para que sejam indiciados e encaminhados a Cadeia Pública Desembargador Raimundo Vidal Pessoa.
*Alguns policiais, que não quiseram se identificar, mostraram as condições em que se encontram os DPs, com grande quantidade de sujeira, além das celas superlotadas. Também informaram que as delegacias não podem e não têm estrutura para manter os presos que vivem em condições desumanas.
*Medidas urgentes
*As medidas incluem o reforço da guarda externa da Cadeia Pública Desembargador Raimundo Vidal Pessoa e a Unidade Prisional do Puraquequara, cujo estudo que inclui o remanejamento de policiais militares para as unidades, foi concluído e confirmado recentemente pelo Comando Geral da Polícia Militar. Essas delegacias serão gradativamente desativadas.
*Conforme o projeto social da atual administração, o espaço vago será transformado em áreas de utilidade funcional como depósitos e salas para atendimento dos advogados aos seus constituintes, visando com isso, o cumprimento integral dos direitos constitucionais e a humanização das unidades.
*O presidente do Sinpol/AM, Hilton Ferreira, acompanhou de perto a transferência dos presos e em contato com a imprensa, revelou que depois de quase um ano e meio, de que as delegacias foram transformadas em cadeias públicas, finalmente o bom senso aconteceu, porque delegados, investigadores, escrivães e funcionários administrativos dos DP’s e Especializadas não suportavam mais a situação.
*Luta permanente
*“Nós lutamos muito para começarmos a tirar os presos de justiça das delegacias. Eles sofriam por não ter a estrutura de um presídio, que garantisse os seus direitos, mesmo como acusados de crimes, e os policiais também eram apenados pelo outro lado, com superlotação, fugas, e até comprometimento das estruturas hidráulicas, elétricas e etc., com a ocupação permanente dos xadrezes”, comentou Hilton, no final da tarde de ontem.