Canibal alemão diz que queria comer a vítima, mas não matá-la

Canibal alemão diz que queria comer a vítima, mas não matá-la

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Foto: Divulgação

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*FRANKFURT - O canibal alemão que matou um homem que queria ser comido disse a um tribunal na segunda-feira que estava apenas realizando os desejos da vítima e não havia tentado expressamente matá-la. *- Queria comê-lo, mas não queria matá-lo - disse Armin Meiwes, de 44 anos, a juízes em suas três horas de testemunho, na repetição de seu julgamento. *Em janeiro de 2004, Meiwes foi condenado a oito anos e meio de prisão por homicídio culposo, mas a Suprema Corte decidiu em abril do ano passado que os juízes tinham sido condescendentes demais e determinou a realização de um novo julgamento. *Ele tinha confessado a morte do especialista em computação Bernd-Juergen Brandes, de 43 anos, mas não foi condenado por homicídio doloso, crime pelo qual poderia ser sentenciado à prisão perpétua, porque a vítima havia exigido ser comida. *Meiwes disse ao tribunal, repetindo boa parte do testemunho do primeiro julgamento, que havia decepado o pênis de Brandes a pedido dele e que ambos tentaram comer o órgão, sem sucesso. *Brandes acabou perdendo muito sangue e ficou inconsciente, e Meiwes afirmou que decidiu rezar. *- Nao sabia se devia rezar para o diabo ou para Deus - disse Meiwes, que tinha a aparência relaxada e parecia estar satisfeito por contar sua versão da história. *Acreditando que Brandes estivesse morto, ele deu uma facada em seu pescoo. Só depois, ao assistir à gravação em vídeo do crime, percebeu que Brandes ainda estava respirando levemente. *A equipe de defesa argumentou que o réu apenas atendeu aos desejos de Brandes e seu crime foi apenas o de "morte a pedidos", uma forma ilegal de eutanásia cuja sentena máxima é de cinco anos de prisão. *Os promotores, que esperam obter a condenação por assassinato, precisam mostrar que Meiwes matou Brandes não apenas para comê-lo, como ele requisitara, mas também por causa de seu próprio desejo. *A Suprema Corte afirmou que o primeiro julgamento ignorou o fato de que Meiwes havia filmado o crime para sua satisfação sexual posterior. *Os psiquiatras que avaliaram Meiwes o consideraram profundamente perturbado, mas saudável. *Os advogados de Meiwes disseram ao tribunal na semana passada que ele libertara quatro outras vítimas em potencial porque elas haviam mudado de idéia na última hora. E que ele chegou a levar Brandes para casa quando ele começou a ficar nervoso. *O canibal, que conheceu Brandes pela internet, disse que fez contato com mais de 400 pessoas que afirmavam querer ser mortas, embora a enorme maioria não estivesse preparada para realizar a suposta fantasia.
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