DOCUMENTÁRIO: Método não violento para treinar cavalos, baseado na linguagem corporal silenciosa

'Nossa desconexão com a natureza nos levou à cegueira contemporânea”, diz a diretora Flávia Moraes

Rondoniaovivo - Edição

28 de Setembro de 2023 às 08:23

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DOCUMENTÁRIO: Método não violento para treinar cavalos, baseado na linguagem corporal silenciosa

Foto: Divulgação

O americano Monty Roberts desenvolveu uma técnica conhecida como Doma Gentil, que consiste na compreensão da linguagem não-verbal dos animais, sem o uso de qualquer violência. E sua trajetória é o mote do documentário “Visions in the Dark“, da diretora Flavia Moraes, uma sensível abordagem da metodologia de Roberts, a histórica relação do homem com os cavalos e os dilemas da comunicação.

Com o documentário lançado, a produção pretende agora negociar com as plataformas de streaming para levar esse método a um número maior de pessoas.

Para Flávia, a violência imposta sobre os animais pela tradição só revela a impossibilidade humana de construir conexões autênticas por meio da dominação. Assim, o filme usa a relação entre cavalos e treinadores para mostrar como nos afastamos de formas intuitivas de comunicação.

Prêmios

O documentário já recebeu 24 prêmios em festivais como LA Documentary Film Festival, Berlin Indie Film Festival (melhor documentário e melhor direção), London Independent Film Awards (melhor direção), Barcelona Indie Awards (melhor fotografia), Milan Independent Awards (melhor filme) e Paris Play Film Festival (melhor direção, edição e fotografia).

Flávia é apaixonada por cavalos desde a infância e esta paixão fez ela aceitar a proposta de produzir esse documentário. Ao longo de quatro anos, ela viajou pela Patagônia, Irlanda, França e Alemanha, além dos Estados Unidos, para contar as histórias de Monty Roberts.

É um filme “sobre a nossa desconexão com a natureza e que nos levou à cegueira contemporânea”, aponta Flávia Moraes.

Flávia Moraes dirigiu trabalhos como o filme Acquaria e o show Quatro Estações, da dupla Sandy e Junior. Ela foi a primeira mulher brasileira a ingressar no Directors Guild of America. Nascida em Porto Alegre (RS), desde 2016 a diretora vive na Califórnia (EUA).

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