Momento Lítero Cultural Nº 84 - Por Selmo Vasconcellos

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Selmo Vasconcellos - Porto Velho, RO. Poeta, cronista, contista, antologista, divulgador cultural e editor da página literária impressa semanal “LÍTERO CULTURAL”, desde 15.agosto.1991, em parceria com o saudoso amigo/irmão/escritor José Ailton Ferreira “Bahia”, falecido em 21 de setembro de 2005, no jornal Alto Madeira.Com cerca de 1450 colaboradores no Brasil e mais em 35 países. Obras publicadas (poesia e prosa): REVER VERSO INVERSO (1991), NICTÊMERO (1993), POMO DE DISCÓRDIA (1994), RESQUÍCIOS PONDERADOS (1996) e LEONARDO, MEU NETO (antologia,2004). Livretos independentes (poesia): MORDE & ASSOPRA e suas causas internas e externas (1999), DESABAFOS em memória de ROY ORBISON (2003), Revista Antológica “Membros da Galeria dos Amigos do Lítero Cultural” (2004) e poesias traduzidas para o francês, inglês, alemão, italiano, japonês, russo, grego chinês, polonês e espanhol. www.selmovasconcellos.zip.net.br. *- *RICARDO ALFAYA *- *MEDITAÇÃO *- *A mão insana tateia *procura um objeto *- *A mente não concebe *o espírito puro *- *No ocaso da tarde *a tentação serpenteia *- *Tudo que nos rodeia *é vermelha maçã. *- *TABULEIRO DE DRAMAS *- *O tabuleiro de dramas está cheio *cavaleiros de ouros *valentes caras-de-pau *damas à beira das camas canastrões à beira do caos *Há vilões de montão *Toneladas de heróis de araque *Muitos escondem a fraqueza nos fraques *#### *BASILINA PEREIRA *- *BOM DIA *- *Amigos dizem bom-dia *com leveza e alegria, *mas não é só pra constar, *tem que ouvir e acreditar. *- *Amigos dizem boa-tarde *e a emoção até arde *no âmago do peito aberto *-o longe se torna perto. *- *Amigos dizem boa-noite *e mesmo que o vento açoite *tua janela enquanto dormes *o amanhã virá conforme. *- *Amigos dizem até logo *com afeto, é parte do jogo, *que chega e te faz contente *e cada dia mais presente. *- *VESTÍGIOS *- *A tarde entra pela janela. *Reflexos úmidos acompanham a brisa *que instiga devaneios *e se perdem entre os parcos receios *de uma mente tagarela. *Entrego-me à divagação... *Refaço o percurso, nos campos, nos palcos: *percebo fissuras nas velhas molduras *que tentaram resistir ao cansaço, *o velho novelo já não prende o laço, *foi corroído pelo nó cego. *A gangorra oscila entre a fraqueza e o poder, *fios de uma mesma meada, *nuances de quase nada, *que, hoje, desnudam o ponto *em que a magia se perdeu. *Como são cruéis as lembranças: *voltam, mesmo se apagadas *e fogem...as desejadas. *São sensações demasiado humanas, *envoltas na ousadia improvável do esquecimento, *poço sem fundo,de onde ressurgem, *com outra roupagem, vestígios transmutados *de uma alegria que a estrela da tarde não levou. *##### *LUZIA MAUDE BAPTISTONI *DISSE NÃO *- *lágrimas que me invadiam *Disse vá *Quando meus braços estavam abertos *Pronto para abraçá-lo *Covardemente engoli *Frases lindas de amor *Despertou-me atitudes frias *Envolvi-me pelo egoísmo *Você, indefeso ficou *Palavras não poderiam curar *A enorme dor a me sufocar *Olhou-me com profunda tristeza *Com sua voz trêmula *Pediu-me perdão *Como se em mim existisse *O divino dom de perdoar *Partiu em silêncio *Fiquei somente com a certeza *De nunca mais amar. *- *Publicado no livro: ¨Sonhos e Fantasias¨ *##### *GLÁUCIA QUADROS *É Carnaval no Brasil! *- *É a tua chance para descansar, *fingir que a máscara te esconde, *soltar o grito de Paz na avenida, *extravasar a emoção contida, *tantos dias de trabalho *-e que trabalho! *- *Precisamos recuperar nossos humores, *encontrar novos e bonitos amores, *executar com maestria a arte da alegria, *alegria de 2008, alegria de estar disposto, *a continuar, pelo ano todo, na superação do dia-a-dia, *a acreditar, que dias melhores virão, e que hoje é amor. *- *Porque hoje é amor, é hora de esquecer a dor, *é o momento de abraçar com pressa a certeza, *de que a vida é bonita, *a verdade é a meta, *e a vereda nos convida: *-A festejar: o Entusiasmo e o Amor. *- *Bem-vindos ao Brasil! *É Trégua no Planeta Brasil! *Trégua! *Vamos sambar! *É Festa! *Para Nossa Carne, acalmar. *#### *REGINA LYRA *HERÓI MORTO *- *Poupe-me da sua voz *mesquinha, covarde, *sua falta de sentimentos, *-sua mediocridade. *- *No espaço da tempestade *você é o furacão da vaidade, *impressionante falsidade... *- *Foi um pesadelo? *Acordei e o enterrei! *- *Em sonho infantil *você existiu, *era frio e calculista *-virou algoz. *- *Imagem desfeita! *Bato palmas, *-para o artista... *- *Insensatas Palavras. João Pessoa. Ed. Universitária (UFPB). 2003. *### *Luh Oliveira *- *lua *imagem de mim *refletida em sonhos *- *minguante *em lágrimas *que evaporam *no firmamento carmim *- *crescente *na dor *que lateja *na mudança das marés *- *nova- mente *no esconderijo da luz do sol *reverenciando o breu da noite *- *cheia *ostentando seu diadema *à espera das *estrelas cadentes *- *lua em mim *sob olhares diversos *- *lu-ar... *#### *GLORINHA ANCHIETA *Eterna *- *Entre o tudo e o nada *Há o ponto de partida *Para o próximo *Momento *- *Foi assim que aqui que na terra cheguei... *- *Cinqüenta anos *De estrada *Pé no chão *Cabeça no tempo *- *Coração nascente *Alma transparente *Mãos de cultivo *Pensamentos nas estrelas *- *E sigo eu... *- *Cruzando tempestade *Pisando em pedras *Cortando espinhos *E sempre fazendo festa *- *Não vivo os anos da terra *Não sou as formas que vêem *Sou eu uma partícula *Vivendo em cada momento *A eternidade de mim *### *FIDÉLIA CASSANDRA *AMARGOR *- *Doce?! *Basta a vida *Com suas reentrâncias de colméia. *- *La dolce vita *La vita dulcíssima *Irma, la dulce! *- *Doce?! *Basta a língua *Ferro ferina *A compota cristal, *A amêndoa do olho *Boiando... *- *Doce?! *Basta a desértica crueza do tinto. *A avassaladora dor do beijo *Invadindo a frutose dos flancos do jardim. *- *As pernas de Afrodite *A maciez impetuosa do peito *Ora fruta, susceptível *Ora casca, ora resina *Topázio, rubi. *- *Tua pele invadida pelo sol... *Rudeza de barro, taipa. *De deserto implantado entre as coxas. *- *Doce?! *Basta a partida *A distância *A paixão comedida. *- *Doce?! *Basta a ferida. *- *In AMORA, jul/2002 *### *ANIBAL BEÇA *SEXTILHAS PARA FULANA *- *Só por te esperar Fulana *fui e voltei a Anavilhanas *corri todas as gincanas *me chamaram doidivanas *por usar uma bandana *com teu nome de cigana. *- *E Só por te amar Fulana *fiquei só chupando cana *ninguém me chamou: bacana! *Fui expulso da cabana *inda por cima de sacana *me gritaram a toda gana. *- *O mais incrível Fulana *-e coisa que não me ufana – *foi chamar a "veterana" *que faz ponto na Toscana *pra cantar uma pavana *e curar paixão tirana. *- *Mas termino aqui Fulana *pensando noutra semana *quem sabe diluviana *de chuva meridiana *do abandono que esgana *a minha dor suburbana. *##### *NEUSA ZANIRATO *DELÍRIO *- *Semear estrelas *Com os dedos de saudade. *Colher a lua *Num arroubo de ilusão *Plantar o sol *Nos olhos de paixão *Verter a chuva *Na palma da tua mão *- *Desrespeitar o universo *Aproximar o horizonte *Pra inserir-te no meu verso *E te ter *Por um instante *#### *BETHA M. COSTA *Rosas Para Ti *- *Rosa branca pela dor do pranto, *Pela alegria de um sorriso, *Pelo aconchego de um manto, *Pelo som e beleza do paraíso. *- *Uma rosa bem vermelha, *Pelo espinho que fura o dedo, *Pelo amor que é centelha, *E ilumina a solidão e o medo... *- *Uma rosa de cor amarela, *Pela semente da amizade, *Que floresce suave e bela, *E ao coração é raridade... *- *A rosa azul do amor eterno, *Que ao peito o poeta carrega, *Seja louco, vibrante ou terno, *Desfaz-se em quimera e entrega. *##### *MARISA ZANIRATO *3 haikais e um grito *- *Favo de mel: *docura hexagonal *recolhida das flores. *- *Sinal de chuva: *formigas apressadas *transitam no muro. *- *Labirinto prateado: *Entre as folhas *uma aranha trança a teia. *- *São Francisco me perdoe *mas se essa mosca voltar *tasco inseticida nela. *##### *SANDRA DE ALMEIDA *Seriedade *- *Sou o medo *no olhar parado *do pivete drogado *num sinal fechado. *- *Sou a rua *que fez do menino *negros sonhos *sonhos negros. *- *Sou a sombra *do que ele queria *e seria... *- *Sou as convenções Sociais *Sou a Humanidade,humanista *Sou .............Sou........Sou! *##### *MADALENA BARRANCO *O EUCALIPTO DA MINHA TELA *- *Um tronco *perde a madeira *e a seiva escorre *pela terra úmida. *- *Na celulose viva, *ainda que pálida, *a poetisa recicla *seu último eucalipto. *- *O aroma *de poucas palavras, *exala seu papel *e impregna a tela do céu. *- *Brotam folhas *na barra de rolagem *e o vento virtual, *agita uma simples poesia *em luta pela ecologia... *- *Da série: Poesias Verdes *Registro na FBN/EDA. *#####
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