*O espetáculo "Expressão Negra", do Centro de Artes Cumari entra em cartaz numa curta temporada, no teatro do Sest/Senat, em Porto Velho, dias 3, 4 e 11 de setembro, às 19h30m (ingressos a 10 reais, meia para estudante). O trabalho que envolve dança, música e teatro, narra a trajetória do negro desde o continente africano até sua chegada ao Brasil, onde foram escravizados. Suas dores, seus lamentos e sua fé são ressaltados e demonstrados através dos diversos ritmos e movimentos elaborados com a idéia de preservar e valorizar a cultura negra.
*A criação cênica tem aproximadamente uma hora de duração, entremeando dança, poesia e música. O show musical tem um repertório variado: Djavan, Clara Nunes, Trio Esperança e músicas africanas cantadas em Yorubá. Lundu, maracatu, samba de roda e lamentos. Uma seleção de fantásticos ritmos folclóricos foi selecionada para este espetáculo que pode ser considerado como uma montagem de teatro musicado totalmente brasileiro.
*O Centro de Artes Cumari nasceu em setembro de 2004 com um grupo de bailarinos de dança afro-brasileira que realizavam o espetáculo "Orixás" montado em julho de 2003. Desejando ampliar a montagem, desenvolver estudos e novas propostas cênicas, a coreógrafa Andréa Miranda, convidou talentos do teatro, música e artes plásticas, para, juntos, desenvolverem uma linguagem onde todas as artes cênicas fossem contempladas na criação do novo espetáculo: "Expressão Negra".
*Nessa quinta-feira (01) o grupo realiza laboratórios e promove discussões acerca de várias idéias cênicas, com o intuito de misturar ritmo, ginga, percussão, canto, interpretação, elementos plásticos e muita dança. O resultado tem agradado. O público que conferiu a estréia de Expressão Negra, no Zé Beer, em dezembro de 2004 e a apresentação do grupo no projeto "Quinta Cultural do Basa", em maio de 2005, em Porto Velho e 19 de agosto, em Ariquemes, ficou encantado com a emoção e beleza do espetáculo.
*Centro de Artes Cumari
* O grupo realiza seus encontros na academia Expresse Dance de Berenice Simão, que já conta com dez anos de existência. Berenice estudou Dança Clássica com o Maitre de Ballet Adair de Palma, e agora é a atual diretora do Departamento de Arte e Cultura da Fundação Iaripuna na capital PortoVelho.
* A coreógrafa e diretora Andréa Miranda é professora, bailarina com formação em dança clássica, jazz e sapateado americano, dança flamenca e dança afro-brasileira pela escola de dança Alice Arja no Rio de Janeiro. Com vinte anos de profissão, já assinou vários trabalhos com sucesso de público e crítica na cidade do Rio de Janeiro e agora em Porto Velho. Atual professora na academia Expresse Dance e instrutora de artes da Secretaria Municipal de Educação Municipal, desenvolvendo danças folclóricas nas escolas. É a idealizadora, coreógrafa e diretora do espetáculo "Expressão Negra". Andréa Miranda também já coreografou trabalhos para o grupo Êxodos no espetáculo "O Homem de Nazaré" do diretor Alexandre Ronald; Feira do Empreendedor do Sebrae, com direção de Marcelo Felicce e do show de reinauguração da Casa de Eventos Zé Beer, além de diversas apresentações na cidade de Porto Velho.
* Os bailarinos Anderson Moreira, Luciana Martins, Michele Saraiva, Odinaldo Silva e Simone Norberto já tinham experiência em segmentos artísticos como dança, teatro, artes plásticas, técnicas circenses, vídeo e fotografia quando vieram compor o quadro de bailarinos do Centro de Artes Cumari.
* O ator Eri Oliveira é também diretor teatral com participação em vários trabalhos de sucesso e reconhecimento na capital Porto Velho como: "Tira a Canga do Boi", "O espermatozóide careca" e "O Homem de Nazaré" nos papéis de Judas e Herodes.
* Entre os músicos está Bira Lourenço, percussionista autodidata com curso de aperfeiçoamento pela UNESP. Atualmente desenvolve seu trabalho com portadores de necessidades especiais. É integrante do Grupo Ânima e o responsável pelos sons dos tambores no "Expressão Negra". No violão, Edgard Melo que estudou na escola de música Jorge Andrade e é integrante do grupo "Caras e Partes". As vozes são de Mariana Fava, cantora com formação lírica, participante do grupo de música Renascentista Medieval na cidade de São Paulo, atualmente cantando MPB e de Ceiça Farias, cantora paraibana renomada, conhecida por sua voz forte e marcante.
* Enriquecendo ainda mais o espetáculo, a criação cenográfica do artista plástico Joesér Alvarez e do texto "Corpo África" escrito especialmente para o trabalho pelo professor Léo Ferreira, que também assina a iluminação do espetáculo.