Teste: Renault Sandero 1.0 Authentique

Hatch tem bom desempenho e espaço interno que chega a causar inveja em alguns utilitários compactos

Teste: Renault Sandero 1.0 Authentique

Foto: Divulgação

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Todo mundo sabe: para ser racional na hora de comprar qualquer coisa, é necessário fazer uma pergunta - “eu preciso mesmo disso?”. Interior simples, bom espaço interno, motor reajustado, bom consumo de combustível - o Renault Sandero Authentique 1.0 de R$ 42.900 responde bem esta questão. Deixe os seus sonhos de lado e prepare-se para ler uma avaliação pé no chão, pois luxo não é definitivamente o mote deste hatch.


Impressões gerais

Nenhuma mudança visual ou de estrutura no Sandero 2017. As alterações da linha são mecânicas: com comando de válvulas duplamente variável, o 1.0 12 válvulas de três cilindros agora gera 79 (gasolina) e até 82 cv (etanol) de potência. O interior continua tomado por plástico rígido, sem nenhuma peça com toque suave. O volante não é multifuncional, já que a versão de entrada do hatch não possui rádio. Os botões do painel tem desenho antiquado.

Apesar de ter trava e vidros dianteiros elétricos com função um toque, o ajuste dos retrovisores é manual. O porta-luvas é grande e tem iluminação, mas despenca logo que é aberto. Ergonomia não é o ponto forte do Sandero – os bancos são pouco confortáveis e encontrar a posição de dirigir não é tarefa fácil. O hatch não possui ajuste de altura para o volante - nem os mais caros possuêm regulagem de distância, apenas vertical. Por outro lado, há um bom número de porta-objetos e um lugar pensando para colocar o celular.

No quesito segurança, outro ponto negativo para o Sandero: falta encosto de cabeça e cinto de três pontas para o passageiro central do banco traseiro. Controle de tração e estabilidade (ESP) e assistente de partida em rampas só estão presentes nas versões equipadas com o câmbio automatizado Easy’R, que parte de R$ 64.150.

Entre os hatches, o Sandero é referência em espaço interno. Com distância entre os eixos de 2,59 metros e um porta-malas de 342 litros (aferidos por Autoesporte), há bastante espaço para os joelhos dos ocupantes traseiros e o duto central não é dos mais altos. É um raro compacto que leva três adultos atrás sem sacrifício de conforto.


Impressões ao dirigir

O novo motor fez bem ao Sandero? A resposta é sim, muito. O desempenho acertado me fez duvidar de estar dentro de um 1.0. O hatch tem fôlego para enfrentar subidas íngremes e as respostas são rápidas, principalmente em retomadas. Diferente do rival Hyundai HB20, o modelo fará feliz quem prefere a posição elevada na hora de dirigir. Comparada aos rivais, a suspensão do Sandero é mais rígida, mas não chega a incomodar os ocupantes.

Se o Sandero Authentique se disfarça de 1.4 no trecho urbano, é na estrada que ele se revela 1.0. Em altas velocidades, o giro sobe - a 120kmh na quinta marcha, o velocímetro estaciona em 4 mil rpm e o barulho do motor passa a incomodar. As altas rotações explicam o consumo alto no trecho rodoviário: 9,6 km/l com etanol e 14,2 km/l com gasolina.

Se o conjunto mecânico agrada, dois detalhes continuam a incomodar na hora de dirigir. Um deles poderia ter sido corrigido com a adoção de direção eletro-hidráulica, mas a assistência nova manteve o jeito pesado da hidráulica, algo que atrapalha muito nas manobras. Da mesma forma, a adoção de um câmbio por cabos mais preciso não resolveu a imprecisão nas trocas. Prepare-se para tentar engatar a primeira marcha e não conseguir – a atitude é recorrente.


Itens e equipamentos

De série, o Sandero Authentique tem ar-condicionado, direção eletro-hidráulica, vidros dianteiros e travas elétricos, rodas aro 15 com calotas e limpador e desembaçador do vidro traseiro. Fazem falta: alarme, rádio, retrovisores elétricos, luz de cortesia no espelho do para sol, computador de bordo, farol de neblina, encosto de cabeça e cinto de três pontas para todos os passageiros.

 

Vale a compra

Não. O novo conjunto mecânico e o espaço interno do Renault Sandero impressionam, mas joga contra a ausência de alguns itens importantes, como encosto de cabeça e cinto de três pontas para todos os passageiros, além de alarme e computador de bordo. Incomodam a manopla, que tem engates duros e imprecisos, e o barulho do motor no trecho urbano. Vale dizer que a versão Expression 1.0 é mais interessante, já que vem equipada com rádio, alarme, computador de bordo e regulagem de altura do volante com uma diferença de R$ 3.550.

 

Ficha técnica

Motor: Dianteiro, transversal, 3 cil. em linha, 12V, flex

Cilindrada: 999 cm³

Potência: 79 cv (gasolina) / 82 cv (etanol) a 6.300 rpm

Torque: 10,2 kgfm (gasolina) / 10,5 kgfm (etanol) a 3.500 rpm

Câmbio: Manual de 5 marchas, tração dianteira

Direção: Eletro-hidráulica

Suspensão: Independente McPherson (dianteira) e eixo de torção (traseira)

Freios: Discos ventilados (dianteira) e tambores (traseira)

Pneus: 185/65 R15

Comprimento: 4,06 m

Largura: 1,73 m

Altura: 1,53 m

Entre-eixos: 2,59 m

Tanque: 50 litros

Porta-malas: 342 litros (aferido por Autoesporte) 320 litros (fabricante)

Peso: 1.011 kg

Consumo na cidade: 9,5 km/l (etanol) e 14,2 km/l (gasolina)

Consumo na estrada: 9,6 km/l (etanol) e 14,2 km/l (gasolina)

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