O almirante Almir Garnier, ex-comandante da Marinha do Brasil, foi preso nesta terça-feira (25/11) em uma unidade militar em Brasília (DF), após ser condenado a 24 anos de prisão, em regime inicial fechado, por participação na trama golpista investigada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A prisão foi cumprida pelas autoridades militares e confirmada no início da tarde.
Na decisão, Garnier foi condenado por cinco crimes relacionados aos atos que visavam romper a ordem constitucional do país:
• Organização criminosa armada
• Tentativa de golpe de Estado
• Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito
• Dano qualificado contra patrimônio da União
• Deterioração de patrimônio tombado
De acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR), Garnier foi o único dos três comandantes das Forças Armadas que participou diretamente das articulações golpistas. A acusação sustenta que o ex-comandante aderiu ao plano que buscava impedir a transição democrática e manter o então presidente no poder, mesmo após o resultado das eleições.
Com a condenação, Garnier passa a cumprir pena em unidade militar, como previsto para oficiais generais das Forças Armadas. O caso é considerado um dos mais emblemáticos dentro do processo que apura a tentativa de golpe e o ataque às instituições democráticas no país.