ÁGUA ENVENENADA: Mercúrio ilegal faz avanço de garimpo e contamina alimentos

O mercúrio despejado nos garimpos se acumula nos sedimentos, contamina peixes e chega ao prato das famílias

ÁGUA ENVENENADA: Mercúrio ilegal faz avanço de garimpo e contamina alimentos

Foto: Reprodução

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O avanço do garimpo ilegal na Amazônia está diretamente ligado ao contrabando de mercúrio, metal usado para separar o ouro e que chega ao Brasil por rotas clandestinas operadas por redes criminosas. Um estudo do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em parceria com a ABIN e o, mostra como o comércio ilegal se tornou peça-chave na destruição ambiental e na contaminação de comunidades indígenas e ribeirinhas.
 
Desde que o Brasil aderiu à Convenção de Minamata, em 2013, as importações legais de mercúrio despencaram. Mas o uso do metal nos garimpos não diminuiu. O estudo revela que o mercúrio continua entrando no país pela Bolívia e pela Guiana, em rotas usadas há mais de uma década por grupos que atuam como verdadeiras empresas criminosas, com logística própria, atravessadores e distribuição para garimpos espalhados por toda a floresta.
 
A entrada irregular do metal tem consequências diretas nos rios amazônicos. O mercúrio despejado nos garimpos se acumula nos sedimentos, contamina peixes e chega ao prato das famílias que dependem da pesca. Em algumas regiões, os níveis encontrados já ultrapassam os limites recomendados pela Organização Mundial da Saúde. Povos indígenas relatam aumento de doenças neurológicas, fraqueza, perda de memória e impactos no desenvolvimento das crianças.
 
Segundo o estudo, o problema cresce porque a Amazônia reúne condições que facilitam o avanço do garimpo: longas áreas sem presença do Estado, pobreza que empurra moradores para atividades ilegais e fronteiras porosas, onde a fiscalização é limitada. Em alguns municípios, o garimpo ilegal se tornou a principal atividade econômica.
 
A pesquisa também chama atenção para o papel do ouro extraído com mercúrio contrabandeado. Mesmo ilegal, ele entra no mercado formal por meio de notas frias e intermediários, movimentando bilhões e financiando outras atividades criminosas, como tráfico de armas e contrabando.
 
Para enfrentar o problema, o relatório recomenda ações integradas entre Polícia Federal, Ibama, Receita Federal e governos estaduais, além de cooperação internacional com os países vizinhos. O estudo também defende que o Brasil adote sistemas de rastreabilidade do ouro e ofereça alternativas econômicas sustentáveis às comunidades locais.
 
O alerta é claro: sem mudanças urgentes, o mercúrio continuará circulando livremente, alimentando o garimpo ilegal e provocando danos ambientais e de saúde que podem se tornar irreversíveis.
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