DOENÇA: ‘Primo’ da Dengue, vírus com potencial para epidemias é monitorado no Brasil

Transmitido pelo “maruim” ou “mosquito do mangue”, vírus Oropouche já foi detectado em Rondônia

DOENÇA: ‘Primo’ da Dengue, vírus com potencial para epidemias é monitorado no Brasil

Foto: Maria Luiza Felippe-Bauer, Instituto Oswaldo Cruz

O Oropouche, um arbovírus cuja infecção causa sintomas parecidos com a dengue, tem ganhado atenção especial das entidades de saúde no Brasil. A doença foi detectada em quatro Estados em 2023, todos da região Norte: Amazonas, Roraima, Acre e Rondônia. 
 
Recentemente, o protocolo de diagnóstico por PCR em tempo real, para detecção desse vírus, desenvolvido no Instituto Leônidas & Maria Deane (Fiocruz Amazônia) foi ampliado e será utilizado por oito laboratórios públicos brasileiros. A ideia é ampliar a oferta diagnóstica para prevenir o surgimento de doenças com potencial para se transformar em epidemias ou pandemias.
 
De acordo com a Coordenação Geral de Laboratório de Saúde Pública (CGLAB) do Ministério da Saúde (MS), os laboratórios foram selecionados conforme o cenário epidemiológico e estão localizados no Acre, Amazonas, Distrito Federal, Maranhão, Pará, Rondônia e Roraima. A previsão é de que, a partir de 2024, todos os estados do país estejam realizando o diagnóstico.
 

Oropouche

 
O vírus Oropouche é transmitido pela picada do Culicoides paraenses, popularmente conhecido como "maruim" ou "mosquito do mangue". A infecção pelo Oropouche caisa sintomas como febre, dor de cabeça, tontura, fraqueza, mialgia e artralgia (dor articular). Atualmente, em Roraima, há um surto do vírus, com mais casos registrados do que a dengue, segundo o virologista Felipe Naveca, chefe do Laboratório de Arbovírus e Vírus Hemorrágico no Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).
 
Naveca explica que o Oropouche foi encontrado em quatro estados da região Norte em 2023 e pode se tornar, a qualquer momento, um problema sério de Saúde Pública. “Estamos vigilantes em relação aos novos casos e contamos atualmente com o apoio dos laboratórios centrais de referência estaduais habilitados a fazer a identificação, via PCR em tempo real, nos estados do Amazonas, Rondônia, Roraima e Acre, onde foram registrados casos esse ano”, explica Naveca, que também integra a Rede Genômica da Fiocruz. 
 
Os primeiros registros do atual surto de Oropouche no Brasil foram feitos no final de 2022 pelo Laboratório Central de Roraima. Na sequência, vieram os estados do Amazonas, Rondônia e Acre. Naveca ressalta que o Oropouche causa um quadro clínico muito parecido com o da dengue. “Clinicamente, é muito difícil de se diferenciar de um quadro de dengue, para isso necessita de um exame laboratorial”, observa.
 
Ele acrescenta que 95% dos casos confirmados este ano no Brasil foram diagnosticados via PCR em tempo real, utilizando o protocolo desenvolvido na Fiocruz Amazônia. “Todos esses casos do surto 2022-2023 são de uma mesma linhagem do vírus Oropouche que está circulando em pelo menos 18 municípios dos quatro estados, para os quais nós tivemos amostras investigadas”, afirma.
 
(*com Agência Fiocruz)
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