Tremor de 7,8 pontos de magnitude derrubou vários prédios, danificou estruturas e deixou milhares de pessoas desaparecidas
Foto: ILYAS AKENGIN/AFP
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O número de mortes em decorrência do terremoto de 7,8 graus na escala Richter, que atingiu o sul da Turquia e o norte da Síria na madrugada desta segunda-feira (6), passa de 1.900, segundo dados oficiais divulgados pelos dois países atingidos pelo abalo sísmico.
Na Turquia pelo menos 1.121 pessoas morreram, de acordo com o último balanço informado pelo órgão público de gestão de catástrofes. Além disso, quase 5.400 ficaram feridas, afirmou o presidente Recep Tayyip Erdogan, acrescentando que pelo menos 2.818 prédios desabaram com o tremor.
Na vizinha Síria, o terremoto provocou ao menos 783 mortes e 2.280 feridos. O Ministério da Saúde sírio relatou 403 pessoas mortas, e 1.284, feridas, em áreas controladas pelo governo desse país devastado pela guerra. As mortes causadas pelo tremor de terra nos dois países chegam a 1.904.
O epicentro do abalo sísmico ocorreu a 26 km a leste da cidade turca de Nurdağı, que tem pouco mais de 40 mil habitantes e fica a cerca de 650 km da capital, Ancara, de acordo com o USGS (Serviço Geológico dos Estados Unidos) — veja o infográfico abaixo.
O tremor surgiu a 17,9 km de profundidade, na província de Gaziantep, sudeste do país, próximo à fronteira com a Síria. O sismo ocorreu às 4h17 no horário local da Turquia (22h17 no Brasil), de acordo com o USGS.
O terremoto também deixou centenas de desaparecidos, que estão presos nos escombros dos prédios e das construções que foram destruídas. A expectativa é de que o número de mortos suba ao longo do dia.
Mais de mil prédios desabaram completamente, o que sugere um número de vítimas muito maior, informou o vice-presidente turco, Fuat Oktay.
Os abalos foram sentidos também na capital turca, Ancara, e em outras cidades. Os aparelhos registraram um sismo inicial e, logo em seguida, mais dois terremotos aconteceram na mesma região.
Segundo o vice-presidente turco, pelo menos três dos aeroportos da zona afetada, Hatay, Maras e Gaziantep, foram fechados para o tráfego. A neve e as tempestades que atingiram a região impediram a circulação em outros aeroportos, incluindo o de Diyarbakir, segundo a AFP.
Algumas imagens na televisão turca e nas redes sociais mostram pessoas assustadas, de pijama, vagando pela neve, enquanto observam equipes de resgate que vasculham os escombros de suas casas.
Arte/R7
A emissora NTV informou que havia prédios desabados nas cidades de Adiyaman e Malatya.
Enquanto isso, a televisão estatal síria relatou o desabamento de um prédio perto de Latakia, na costa oeste do país.
A mídia pró-governo afirmou que vários prédios desabaram parcialmente em Hama, no centro da Síria, onde bombeiros e equipes de resgate tentavam resgatar um sobrevivente dos destroços.
Raed Ahmed, chefe do Centro Nacional de Monitoramento Sísmico da Síria, disse à rádio oficial que este foi, "historicamente, o maior terremoto já registrado".
Os Capacetes Brancos afirmaram que a situação é "catastrófica" e pediram às organizações humanitárias internacionais que "intervenham rapidamente" para ajudar a população local.
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