INTOLERÂNCIA: Assassino que matou petista defendia armas e falava em limpar o Brasil

Arruda morreu devido aos ferimentos e, segundo informações da Polícia Civil, o bolsonarista segue internado "em estado grave"

INTOLERÂNCIA: Assassino que matou petista defendia armas e falava em limpar o Brasil

Foto: Divulgação

Receba todas as notícias gratuitamente no WhatsApp do Rondoniaovivo.com.​

O agente penitenciário Jorge José da Rocha Guaranho, assassino que atirou contra o dirigente do PT Marcelo Arruda em Foz do Iguaçu (PR) na noite do último sábado, 9, é apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL).
 
 
Nos últimos anos, ele defendeu o governo federal, incentivou a compra de armas pela população e falou em "limpar" o Brasil do PT. Na noite de sábado, 9, Guaranho e Arruda trocaram tiros. Arruda morreu devido aos ferimentos e, segundo informações da Polícia Civil, o bolsonarista segue internado "em estado grave".
 
 
Guaranho está no serviço público federal desde 2010, de acordo com informações que publicou nas redes sociais. Ele apoiou a eleição de Bolsonaro em 2018 e usa as redes sociais para atacar o PT e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
 
 
Em uma postagem, em dezembro daquele ano, ele compartilhou a publicação de uma página no Facebook que classificava Lula como "bandido" e a presidente nacional do partido, Gleisi Hoffmann, como "a mosca do cocô do cavalo do bandido".
 
 
"Vamos todos juntos nessa luta para limpar o Brasil do PT, limpar o país desses corruptos que só buscam perpetuação no poder às custas do bem da maioria", publicou Guaranho na campanha eleitoral de outubro de 2018. Neste sábado, ele passou em frente à festa de aniversário de Marcelo Arruda, que comemorava 50 anos de idade com o PT como tema da decoração.
 
 
Ao confrontar o aniversariante defendendo o presidente Bolsonaro, a discussão acabou terminando em troca de tiros, de acordo com o boletim da polícia. Arruda não resistiu aos ferimentos e morreu. Guaranho foi internado e, segundo nota da Polícia Civil, está em estado grave.
 
 
No Twitter, ele se define como conservador e cristão, e escreveu "armas = defesa", na descrição de seu perfil. O policial já fez defesas do armamento em publicações abertas. Já com Bolsonaro no poder, Rocha Guaranho foi irônico ao defender o armamento, bandeira do presidente da República.
 
 
"Estão criticando quem quer arma sobre o preço e que pobre não pode comprar. Será que eles sabem quanto custa um iPhone." Ele também alimentava teorias de fraude na urna eletrônica - para ele, o fato de Bolsonaro não ter vencido a disputa presidencial com Fernando Haddad (PT) no primeiro turno era a prova disso.
 
 
É possível ver imagens do bolsonarista fazendo sinais de armas com as mãos e fotos em apoio ao presidente Bolsonaro nas redes sociais. Antes do atual presidente assumir o poder, o autor dos disparos contra Arruda dizia que "o Brasil está violento e precisa mudar".
 
 
Ele pregava que a eleição de Bolsonaro iria resolver o cenário da violência. Ainda em 2018, o agente penitenciário criticou uma suposta agressão sofrida por um eleitor do então candidato do PSL à Presidência, relatando que uma aluna deu socos em um professor que simplesmente vestia a camisa de Bolsonaro. Três anos depois, ele é acusado de matar um homem de 50 anos por ódio à bandeira do PT usada na festa de aniversário.
Direito ao esquecimento

A política de comentários em notícias do site da Rondoniaovivo.com valoriza os assinantes do jornal, que podem fazer comentários sobre todos os temas em todos os links.

Caso você já seja nosso assinante Clique aqui para fazer o login, para que você possa comentar em qualquer conteúdo. Se ainda não é nosso assinante Clique aqui e faça sua assinatura agora!

Rondoniaovivo quer saber: quantas vezes você, leitor de Porto Velho, acessa o jornal por dia?
Onde você pretende comemorar o Natal?

* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!

MAIS NOTÍCIAS

Por Editoria

PRIMEIRA PÁGINA

CLASSIFICADOS veja mais

EMPREGOS

PUBLICAÇÕES LEGAIS

DESTAQUES EMPRESARIAIS

EVENTOS