A prática se tornou comum e abriu uma estreita relação entre os pregadores e os criminosos que lideram as organizações criminosas
Foto: Divulgação
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“Eles exigem que a gente informe se aquela pessoa está vindo pros cultos. A gente envia áudio e até vídeo se for o caso”. A frase é de uma liderança evangélica que atua em uma igreja na região da Baixada da Sobral, em Rio Branco.
O pastor, que por motivos óbvios não terá o nome publicado, confirma que os líderes de facções criminosas obrigam as igrejas a informarem se o novo convertido de fato, “mudou de vida”.
A prática, segundo a fonte, se tornou comum e abriu uma estreita relação entre os pregadores e os criminosos que lideram as organizações criminosas.
Recentemente, confirma o pastor, a igreja que ele coordenava, teve que gravar um vídeo e enviar por meio de um aplicativo, para provar que o ‘ex-pecador’ estava firme na fé.
“Eles exigem que os caras fiquem na igreja. É a única garantia de que não sofrerão as consequências por terem abandonado a vida de crimes. Eles fazem o acompanhamento. Eles tem informante em todo lugar, né?”, observa.
Segundo as regras das facções criminosas, quando o integrante abandona uma organização, o ato é batizado de “rasgar a camisa”. Para não ser punido, na maioria das vezes com a morte, o dissidente só terá a garantia de que não será incomodado, se passar a frequentar uma igreja evangélica, e provar que de fato, saiu da vida do crime.
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