Em carta aberta, Dilma deve propor plebiscito por novas eleições

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Foto: Divulgação

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 A presidente afastada, Dilma Rousseff, deve publicar carta pública para os eleitores brasileiros e para o Senado ainda nesta semana, propondo a realização de um plebiscito para decidir sobre a antecipação das eleições. Os detalhes da proposta serão divulgados nesta semana.

"Estou defendendo um plebiscito porque quem pode falar o que eu devo fazer não é nem o Congresso, nem uma pesquisa, ou qualquer coisa. Quem pode falar é o conjunto da população brasileira que me deu 54 milhões e meio de votos", disse Dilma à BBC.

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O objetivo da chefe de Estado afastada é convencer pelo menos 27 dos 81 senadores a votar contra seu afastamento definitivo e, caso volte ao poder, apoiar a votação pública sobre novas eleições.

Ainda assim, a presidente admite que a proposta teria certa dificuldade para ser aprovada, já que depende do aval do Congresso. O ato também exigiria uma mudança na Constituição.

"Acredito que nós temos que lutar para viabilizar o plebiscito. Pode ser difícil passar [no Congresso], a eleição direta foi também. Nós perdemos quando nós defendemos as Diretas Já [campanha pelo voto direto em 1984] e tinha milhões de pessoas nas ruas. Perdemos num momento e ganhamos no outro", disse.

Dilma revelou também que pretende ir pessoalmente fazer sua defesa no plenário do Senado perante o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowsky. "Eu quero muito ir. Depende das condições. Como o presidente do Supremo, Ricardo Lewandowsky, presidirá [o julgamento], acredito que haverá condições", afirmou.

A presidente afastada ainda tem esperanças de mudar o voto de senadores que se declaram indecisos, como Cristovam Buarque. Para ser condenada, é preciso que 54dos 81 senadores votem contra ela. Segundo a reportagem, a equipe do presidente interino Michel Temer calcula ter cerca de 60 votos a favor do impeachment de Dilma.

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