Pernambuco perde o batuque do percussionista Naná Vasconcelos
Foto: Divulgação
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O coração do grande percussionista Naná Vasconcelos, de 71 anos, bateu pela última vez nesta quarta-feira, dia 9 de março. Filho de um violonista do Recife, Naná teve na infância influências musicais que iam de Villa-Lobos a Jimi Hendrix. Especializou-se em instrumentos de percussão brasileiros, particularmente o berimbau.
A primeira universidade a que teve acesso foi a Universidade do Samba de Sítio Novo, imaginária entidade nascida das lucubrações do professor Jomard Muniz de Britto nos idos de 1966, onde Naná se graduou no instrumento que o fez ganhar o mundo. Juvenal de Holanda Vasconcelos (nome de batismo) nasceu no Recife mas ficou conhecido em outros países - morou 27 anos nos Estados Unidos e outros cinco em Paris, onde trabalhou e gravou discos.
Depois de tocar por algum tempo em cabarés e bandas da capital pernambucana, ainda jovem mudou-se para o Rio de Janeiro, onde conheceu Luiz Eça, Wilson das Neves, Gilberto Gil, e passou a acompanhar Milton Nascimento e o Som Imaginário. Em 1970 foi convidado para integrar a turnê do saxofonista argentino Gato Barbieri pelos Estados Unidos e Europa.
Foi nessa época que Naná radicou-se em Paris, onde gravou seu primeiro disco, “Áfricadeus”. Em 1973 gravou no Brasil “Amazonas”, que se tornou um marco na combinação de percussão e voz na MPB. De volta ao País, trabalhou com Egberto Gismonti por oito anos, tendo gravado juntos três álbuns, entre eles o aclamado “Dança das Cabeças”.Na década de 70, o pernambucano tocou com grandes nomes da música internacional como Pat Metheny, B.B. King e Paul Simon.
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