Delegada fica revoltada com liberação de menor envolvido em estupro de criança

Delegada fica revoltada com liberação de menor envolvido em estupro de criança

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Foto: Divulgação

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A soltura de um garoto de 13 anos, que juntamento com um maior, estuprou um garoto de sete anos incompletos na semana passada em Cáceres, deixou a delegada responsável pelo inquérito, Elizabeth Garcia dos Reis (titular da Delegacia da Mulher e da Delegacia da Infância e Juventude), indignada.
Tão indignada que, numa atitude pouco comum, ela usou as redes sociais e postou um desabafo, onde escreveu o termo "di menor", popularmente utilizado. Na narrativa, ela conta que ouviu os lamentos da família do menor, ainda na delegacia, quando viram que o acusado havia sido liberado. Veja abaixo o desabafo na íntegra:
''Amigos do Face, nunca comentei sobre o meu trabalho nesta página mas hoje quero dividir com todos vcs a minha frustração uma ocorrência de estupro de vulnerável envolvendo um adolescente ''OS DI MENOR'', e um maior de idade e uma criança do sexo masculino (VÍTIMA), com apenas 06(seis) anos de idade. O adolescente foi apreendido (pela Polícia Militar) e autuado em flagrante pelo Delegado d plantão, mas vejam q coisa INÉDITA, estávamos nós, servos d DEUS e da POLÍCIA JUDICIÁRIA CIVIL (a Polícia Militar prendeu o DI MENOR a Polícia Civil o maior de idade), procedendo auto de prisão em flagrante delito do maior d idade, qndo ouvi lamentos e gritos de desespero e ao sair do meu gabinete pude ver os familiares da vítima em desespero, pois tomaram conhecimento que o agressor ¨DI MENOR¨ havia sido liberado, após ser apresentado ao representante do Ministério Público. Resultado enquanto uns choram, outros se beneficiam. Eu fiz a minha parte o maior de idade foi para cadeia pública; quanto tempo ele vai ficar lá, não sei, depende de quem vai interpretar a lera fria da lei. Eu sou Delegada de Polícia, não Promotor(a) nem Juiz(a). O mais triste de tudo é q NÓS policiais (Civis e Militares) somos aqueles q temos o contato imediato com as vítimas e os agressores. Enquanto as vitimas se apresentam debilitadas física e psicologicamente, envergonhadas, amedrontadas, senão ensaguentadas, sujas e cheirando a esperma e suor, os agressores se sentem seguros e protegidos pelos familiares e advogados e a LEI VIGENTE. Eu faço uma pergunta: por que será que a POLÍCIA CIVIL E MILITAR comete o que costumam dizer, mais falhas, erros, são mais punitivas, são truculentas, são abusivas, são violentas, são tudo de ruim a que uma comunidade pode atribuir. O Promotor de Justiça e o Juiz só tem contato com as partes, depois de algum tempo, quando já passou o primeiro trauma, isso quando a vítima não fica frente a frente com os agressores (pessoas leigas não sabem que podem pedir que o agressor saia da sala de audiência, normalmente quando a vítima entra na sala de audiência já se depara com o agressor e sem algemas, o Juiz, o Promotor e o Advogado todos muito bem vestidos = se sentem mais uma vez vítimas do próprio sistema). Nossas Leis vigentes são retrogradas ou não existe políticas públicas para o perfeito exercício das mesmas, ou os seus executores as estão interpretando de acordo com o q entendem afinal o Direito nunca foi uma ciência exata."
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