*O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu nesta segunda-feira (22) apoio de governadores e dos partidos políticos ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para conter as críticas à iniciativa e garantir que as medidas sejam implementadas.
*“O PAC precisa do apoio de uma ampla coalizão política que defende uma idéia de nação justa e independente. Tenho certeza que teremos o apoio livre e soberano do Legislativo na construção de um novo Brasil. Sei também que contaremos com a compreensão dos governadores que apoiarão um programa que tem como objetivo a redução das desigualdades regionais e que prevê obras e ações em todo o território nacional”, disse Lula no lançamento do programa.
*O presidente reafirmou que a intenção do programa é estimular investimentos públicos e privados para possibilitar taxas de expansão econômica mais elevadas do que a média de 2,6% dos quatro anos do primeiro mandato.
*“O esforço de crescimento não é só do governo, mas de toda a sociedade. É um compromisso de todos”, disse Lula na cerimônia no Palácio do Planalto que contou com a presença de governadores aliados e de oposição e presidentes dos partidos governista.
*Lula reafirmou que o aumento do investimento à custa do superávit primário não significa deixar de lado o esforço de estabilização macroeconômica feito nos últimos quatro anos, tampouco uma redução do rigor fiscal.
*“As soluções óbvias nem sempre são as mais fáceis. Elas, muitas vezes, são as mais difíceis de implantar. Muito se fala de disciplina de gastos e redução da carga tributária e baixa de juros. Nós, mais do que ninguém, defendemos e praticamos isso”, disse Lula.
*O presidente aproveitou para alfinetar os críticos do programa. “Nós não estamos na condição cômoda de quem só se contenta em falar, mas estamos no papel difícil e responsável de encontrar os meios adequados para fazer isso”, afirmou.
*Lula pregou ainda que as medidas do PAC venham acompanhadas da aceleração das reformas política, tributária e do sistema previdenciário. Um dos decretos assinados pelo presidente prevê a criação do Fórum Nacional da Previdência Social, para propor alterações no sistema.