As autoridades responsáveis pela segurança pública parecem que ainda não entenderam a mensagem há muito enviada pelos marginais dos mais variados matizes de que é preciso fazer alguma coisa de concreto para tentar minimizar a onda de violência que só cresce Brasil afora.
A população portovelhense assiste estarrecida a um verdadeiro e incontrolável aumento da violência e da criminalidade. Corre pelas redes sociais, a cena de uma mãe ajoelhada, com as mãos sobre a cabeça, desesperada, contemplando o corpo da filha estirado no meio da rua, que acabara de ser morta durante uma tentativa de roubo pelas mãos de um sanguinário para o qual a vida não passa de um papel inútil, que se amassa e joga na lata do lixo.
Trata-se de mais uma vitima a engrossar as estatísticas da violência, que campeia desenfreada pelas ruas da capital. Logo, sua morte cairá no esquecimento. Não, evidentemente, para seus familiares e amigos, especialmente para aquela mãe aflita, cuja dor pela ausência da filha jamais cessará. A violência é um filme antigo, muito discutido nos programas televisivos, durante as campanhas eleitorais.
Ocorre que as eleições vão e a violência, ao contrário, continua aí. É uma realidade para qual o maior mandatário do Estado e os que lidam com a segurança da sociedade não podem fechar os olhos. Afinal, as pessoas de bem, que vivem do suor do próprio rosto, ralando todos os dias para sobreviverem nessa selva de pedra estão cada dia mais assustadas com a onda de selvageria que domina Porto Velho, como se vivêssemos numa cidade sem lei, onde quem fala mais alto e o cano do revólver.
Os moradores vivem em estado de alerta, inseguros e prisioneiros em suas próprias casas, enquanto do lado de fora, a solta, nas ruas, os criminosos agem como se fosse pequena ou inexistente a possibilidade de virem a ser efetivamente punidos.
É preciso mudar o conceito de segurança pública. Chega de discursos vazios, que vão do nada a nenhum lugar. Pessoas estão sendo assassinadas por bobagens e ninguém faz absolutamente nada para reverte essa situação. Onde já viu! É preciso endurecer contra a marginalidade.