REVIDE: Contra taxação do governo argentino a turistas, Brasil estuda reciprocidade

Ministro do Turismo alinha medidas contra taxas cobradas pela Argentina

REVIDE: Contra taxação do governo argentino a turistas, Brasil estuda reciprocidade

Foto: Divulgação

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Os ministros do Turismo, Gilson Machado Neto, e da Economia, Paulo Guedes, estudam a adoção da reciprocidade como resposta à cobrança de taxas do governo argentino a seus cidadãos que visitam e gastam no Brasil. As medidas podem ser adotadas já nos próximos meses como uma das ações do governo federal para a retomada das atividades turísticas.
 
Atualmente, a entrada de estrangeiros está proibida na Argentina, mas o país cobra um acrescimento de até 30% de seus cidadãos que visitam o Brasil.
 
Em 2019, o intercâmbio anual de turistas entres as duas nações foi expressivo: 1,95 milhão de argentinos visitaram o Brasil e 1,4 milhão de brasileiros estiveram no país vizinho. Os gastos médios também são importantes: enquanto o cidadão da Argentina gasta, por dia, quase US$ 72 em turismo de negócio e US$ 42 em viagens de lazer, os turistas do Brasil gastam US$ 102 em férias e US$ 126 por dia em turismo de negócios na Argentina.
 
O ministro Gilson Machado Neto explicou o planejamento do MTur para fomentar o turismo no pós-pandemia e detalhou alguns estudos em andamento para diminuir o “peso do Estado” no setor e, com isso, baratear as passagens aéreas e atrair mais visitantes para o Brasil. Para o ministro, a taxação do governo argentino é totalmente contrária aos preceitos do Mercosul.
 
A cobrança adotada pelo governo argentino vai de encontro aos objetivos do Mercosul, que surgiu exatamente para facilitar esse tipo de relação. Essa taxa é muito prejudicial”, disse o ministro. “A adoção da reciprocidade na cobrança desse imposto vai abrir espaço para que turistas brasileiros viajem pelo Brasil e, também, conheçam outros países como o Chile, o Paraguai, o Uruguai e toda a América do Sul”, completou.
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