SOFRIMENTO: Família busca por rapaz que desapareceu há 38 anos em Rolim de Moura

Ervino Borchatt da Silva hoje está com 69 anos e os parentes querem saber o que houve com ele no dia 22 de agosto de 1986

SOFRIMENTO: Família busca por rapaz que desapareceu há 38 anos em Rolim de Moura

Foto: Divulgação

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Lágrimas, angústia e muitas perguntas sem respostas. Esse tem sido o drama da doméstica Georgina Borchatt da Silva, 87 anos, que há 38 anos busca saber o que aconteceu com o filho dela, o motorista de caminhão Ervino Borchatt da Silva, conhecido como ‘Gringo’, que sumiu quando tinha 31 anos, hoje ele estaria com 69 anos.
 
A irmã dele, Vitória Maximilia da Silva Queiroz, gravou um vídeo para o Rondoniaovivo, onde relatou toda a aflição dos familiares com esse sumiço. Ela disse que o desaparecimento do irmão ocorreu no dia 22 de setembro de 1986, quando ele saiu com um grupo de jovens da cidade de Alta Floresta do Oeste, com destino à Cacoal, onde participariam de um festival da Igreja Católica.
 
Segundo a irmã, eles haviam fretado um ônibus e estavam em cerca de 40 pessoas. Porém, nem todos os que estavam no veículo eram do grupo de jovens e alguns promoveram bagunça no trajeto, o que acabou por irritar o motorista, que chamou o dono da empresa para resolver a situação.
 
Isso ocorreu na rodoviária de Rolim de Moura, e pediram a Ervino que indicasse quem estava bagunçando no veículo. Ele se recusou a apontar os envolvidos, dizendo que conhecia todos e a pessoa que poderia responder era o motorista. 
 
Delegacia
 
A polícia foi chamada e todos que estavam no ônibus foram para a delegacia. Lá, após serem ouvidos, foram liberados. A irmã diz que o grupo retornou para a rodoviária para pegar outro ônibus com destino à Alta Floresta do Oeste. 
 
“Os amigos dele contam que pegaram o ônibus e chamaram meu irmão para ir junto, mas ele falou que não. Acho que não aceitou por estar sem dinheiro e ficou com vergonha de dizer e pedir ajuda. Eles contam que saíram por volta das 4h da madrugada e o Ervino ficou sentado no banco da rodoviária. Essa foi a última vez que viram ele”, relatou Vitória.
 
Desde então, a família e amigos começaram uma busca por ele com idas à delegacia, hospitais, funerárias e nada de achá-lo. Foi quando, após dez meses sem notícias, surgiu uma pista sobre o que ocorreu com o motorista de caminhão.
 
“Um tio meu veio do Paraná e parou na rodoviária de Rolim de Moura onde meu irmão foi deixado pelos amigos. Lá, ele começou a conversar com um vendedor que tinha um ponto no local, sobre o rapaz desaparecido, sem dizer quem era. Esse comerciante disse que estava no dia e contou que assim que o ônibus parou e o pessoal que ia para Alta Floresta embarcou e saiu, encostou um carro da Polícia Militar, com três policiais e o dono da empresa de ônibus. Eles mandaram meu irmão entrar na viatura e saíram rumo à uma área conhecida como Jabuti”, relatou.
 
Vitória afirmou que o pai dela, que já faleceu, e ela sempre iam até a delegacia de Rolim de Moura para acompanhar o caso, mas nunca falaram sobre essa situação. O dono da empresa de ônibus e o comerciante também já morreram.
 
“Hoje o que queremos é saber que fim houve com o meu irmão. Não queremos prejudicar ninguém. Minha mãe já está perdendo a memória e desde o sumiço do meu meu irmão, a vida dela tem sido um sofrimento. Meu pai morreu tentando encontrar o filho. Nós, só queremos fechar essa história. É muito triste não saber o que houve com um parente, se está vivo ou morto, se está preso em uma fazenda. É muita angústia!”, finalizou.
 
 

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